Negócios

Cade é notificado da fusão entre Suzano e Fibria

O negócio entre a Suzano e a Fibria envolve fabricação de celulose e outras pastas para fabricação de papel, cultivo de eucalipto e extração de madeira

Acordo: operação prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria (Germano Luders/Exame)

Acordo: operação prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2018 às 14h39.

Última atualização em 3 de julho de 2018 às 14h40.

Brasília - O processo que trata da fusão entre Suzano e Fibria já está no Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico (Cade). As empresas notificaram o órgão antitruste sobre a operação na segunda-feira, 2, conforme edital publicado no Diário Oficial da União (DOU).

O documento informa que o negócio entre a Suzano e sua maior rival, a Fibria, líder na produção global de celulose, envolve fabricação de celulose e outras pastas para fabricação de papel, cultivo de eucalipto, extração de madeira em florestas plantadas, fabricação de papel e administração da infraestrutura portuária.

A Suzano anunciou o acordo para aquisição do controle da Fibria em março. Pela transação, será criada uma gigante do setor, com produção de 11 milhões de toneladas. A operação prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria. Com isso, a Suzano assume o controle acionário da nova companhia a ser criada, com fatia de 46,4%.

Na semana passada, o Conselho de Administração da Suzano aprovou emissão de debêntures no valor de R$ 4,681 bilhões, em regime de garantia firme de colocação.

Os recursos líquidos serão integralmente utilizados para pagamento da parcela em dinheiro da aquisição da totalidade das ações ordinárias da Fibria. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalhou que as debêntures terão prazo de oito anos e remuneração de 112,50% do CDI.

A Suzano informou também que a consumação do acordo ainda está sujeita ao cumprimento de outras condições precedentes usuais para este tipo de operação, incluindo a aprovação por determinadas autoridades da concorrência no Brasil e no exterior. "Até a data da consumação da operação, as companhias não sofrerão qualquer alteração na condução de seus negócios e permanecerão operando de forma independente", destacou a empresa.

Acompanhe tudo sobre:FábricasMadeiraPapel e Celulosesuzano

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia