Negócios

Cade aprova negócios da Hypermarcas sem restrições

A autarquia votou a favor da aquisição de quotas representativas da CEIL, empresa que é dona da marca Bozzano

Portfólio da Hypermarcas:  nos últimos três anos, a companhia realizou 22 operações entre fusões, aquisições e associações (Pedro Rubens/EXAME)

Portfólio da Hypermarcas: nos últimos três anos, a companhia realizou 22 operações entre fusões, aquisições e associações (Pedro Rubens/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 12h29.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou hoje por unanimidade e sem restrições, em votação em bloco, dois negócios da Hypermarcas. O órgão antitruste retirou da pauta, porém, o processo envolvendo o Grupo Carrefour e a Cetelem Holding Participações. A autarquia votou a favor da aquisição de quotas representativas da CEIL, empresa que era controlada pela Revlon e que é dona das marcas Bozzano, Juvena, Campos do Jordão e Aquamarine, pela Hypermarcas.

A Hypermarcas iniciou suas atividades em 2002, tendo como principal produto a lã de aço Assolan. Desde então, a empresa expandiu sua atuação para diversos segmentos, comprando outras marcas e adquirindo novos negócios. Nos últimos três anos, a companhia realizou 22 operações entre fusões, aquisições e associações. Atualmente, a empresa atua na fabricação e comercialização de diversos produtos nos segmentos de higiene e limpeza, alimentos, higiene pessoal e cosméticos e farmacêuticos.

O negócio entre as empresas foi fechado em julho de 2008 por meio de um contrato de "Quotas Sale and Purchase Agreement" e possui cláusula de não concorrência. A operação, que está sob a relatoria de Elvino Mendonça, não gera problemas concorrenciais, segundo a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda e a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça. A Seae observou que, no mercado definido como de modeladores para cabelo, apesar de haver elevada concentração e insuficiente condições de entrada, a rivalidade é efetiva para afastar um possível exercício de poder de mercado.

Outro negócio envolvendo a Hypermarcas e que também recebeu o aval do Cade é o Contrato de Compra e Venda de Quotas, assinado em novembro do ano passado, que instrumentaliza a aquisição de 100% do capital social de emissão da IPH&C Indústria de Produtos de Higiene e Cosméticos, da DPH Distribuidora de Produtos de Higiene e da Comercial Maripa Ltda. A operação inclui todos os ativos relacionados com a produção e distribuição dos produtos da IPH&C, DPH, Maripa, tais como equipamentos, linhas de produção, materiais de escritório, veículos, imóveis, bem como todos os produtos, registros e direitos de propriedade intelectual e industrial. O caso, que também está com Mendonça, recebeu o sim da Seae e da SDE.

Carrefour

O Conselho retirou de pauta, porém, a avaliação da compra, pelo Grupo Carrefour, de 40% do capital social da Carrefour Promotora da Vendas, detido pela Cetelem Holding Participações. A Seae e a SDE opinaram pela aprovação sem restrições à operação. O relator do caso, Marcos Verissimo, espera alguns documentos das empresas para levar o processo a plenário.

Acompanhe tudo sobre:CadeEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesHypera Pharma (Hypermarcas)Indústrias em geral

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados