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Cade abre inquérito contra seis bancos em investigação sobre criptomoedas

Segundo a denúncia, os bancos estariam prejudicando o acesso das corretoras ao sistema bancário

Cade abriu inquérito administrativo contra seis bancos para investigar se eles prejudicaram corretoras de criptomoedas (Dado Ruvic/Reuters)

Cade abriu inquérito administrativo contra seis bancos para investigar se eles prejudicaram corretoras de criptomoedas (Dado Ruvic/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 09h16.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu inquérito administrativo contra seis bancos para investigar se eles prejudicaram corretoras de criptomoedas. O inquérito foi aberto após denúncia feita pela Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB) de que os bancos estariam prejudicando o acesso das corretoras ao sistema bancário. São investigados Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Banco Inter e Sicredi.

Na denúncia, a associação alegou que o Banco do Brasil encerrou, sem nenhuma justificativa, a conta corrente da corretora Atlas, que era usada para receber depósitos e transferências de clientes que desejavam comprar bitcoins. Outros bancos estariam adotando práticas semelhantes e muitos se negaram a abrir contas para a compra de moedas virtuais.

"As informações trazidas aos autos parecem demonstrar que, de fato, os principais bancos estão impondo restrições ou mesmo proibindo o acesso de corretoras de criptomoedas ao sistema financeiro, o que pode trazer prejuízos a essas corretoras", concluiu a superintendência-geral do Cade.

O órgão, porém, negou o pedido apresentado pela associação de adoção de medida preventiva contra os bancos por não entender que existe urgência.

Procurado, o BB disse, por meio de nota, que prestou todas as informações solicitadas pelo Cade. O Itaú Unibanco informou, em nota, que "colaborará com o Cade nos esclarecimentos necessários". Bradesco, Santander, Banco Inter e Banco Sicredi não comentaram. Ao Cade, os bancos alegaram que encerram as contas por entender que essas não seguem precauções para evitar atividades ilícitas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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