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Burger King está mais tecnológico na pandemia -- mas é o suficiente?

Uma das novidades é o delivery por meio de aplicativo próprio, ainda em teste, e a parceria com a ConectCar para pagamento sem contato no drive-thru

Burger King: novas tecnologias vão compensar a queda nas vendas presenciais? (Karin Salomão/Exame)

Burger King: novas tecnologias vão compensar a queda nas vendas presenciais? (Karin Salomão/Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de agosto de 2020 às 06h45.

Desde o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, a rede de fast food Burger King está apostando em tecnologia. Ampliou os restaurantes que oferecem delivery, expandiu o drive-thru e testa um aplicativo de entregas próprio. A grande dúvida é se isso será o suficiente para compensar a queda nas vendas presenciais. O resultado trimestral será divulgado após o fechamento do mercado desta quinta-feira.

A prévia feita pelo BTG Pactual estima receitas de 336 milhões de reais, ante receitas de 676 milhões de reais no segundo trimestre do ano passado, e ebitda de 12 milhões de reais. A empresa deve ter prejuízo de 75 milhões de reais, com margem negativa em 22%. O consenso é de receitas de 198 milhões de reais e ebitda negativo em 131 milhões de reais. Desde o início do ano, as ações do Burger King Brasil estão em queda de 39,2%.

Logo no início da quarentena, em abril e maio, as vendas de delivery tiveram aumento de 300% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia afirma que drive-thru e entregas representaram 85% do total comercializado nesses meses. Mesmo assim, houve queda de 2,4% na receita líquida, para 649 milhões de reais, e um prejuízo de quase 56 milhões de reais, ante lucro de 3,1 milhões, em igual período de 2019.

A companhia também está testando novas tecnologias e modalidades de entrega, além da parceria com Uber Eats, iFood e Rappi. Uma das novidades é o delivery por meio de aplicativo próprio, ainda em teste em algumas unidades. Já são 400 lojas trabalhando com entregas, em diversas plataformas, do total de mais de 900 no país.

Em relação ao drive-thru, a rede de fast food recentemente deu início a um projeto piloto para pagamento sem contato com a ConectCar.

A empresa também apostou em promoções e descontos para atrair os consumidores. Nesta semana, lançou a campanha “O melhor do BK, sem o pior do BK”, com uma promoção para lanches comprados na madrugada e, no final de julho, antecipou o natal.

Internacionalmente, sua maior rival continua sofrendo. Mesmo com grande parte dos restaurantes operando por meio de delivery e drive-trhu, o McDonald’s viu uma queda de mais de 20% nas vendas globais de mesmas lojas, com o lucro ficando abaixo das expectativas. Nos Estados Unidos, praticamente todos os restaurantes estavam operando por meio de drive-thru, delivery ou comida para viagem, mesmo assim as vendas caíram 8,7%.

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