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BTG, Funcef e Previ tem perda de R$2,6 bi com Sete Brasil

Segundo informações oficiais do BTG Pactual, o lançamento das perdas foi feito no último trimestre do ano passado

Persio Arida, do BTG Pactual: segundo informações oficiais do BTG Pactual, o lançamento das perdas foi feito no último trimestre do ano passado (Nelson Ching/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 10h41.

São Paulo - Pelo menos três sócios da Sete Brasil , empresa criada para gerenciar a compra de sondas para o pré-sal, já estão reconhecendo oficialmente a perda total do investimento que fizeram na companhia.

O banco BTG Pactual e os fundos de pensão Funcef, dos funcionários da Caixa, e a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, lançaram os prejuízos em seus balanços anuais. Juntos, estima-se que tenham perdido cerca de R$ 2,6 bilhões.

Com a decisão desses sócios, segundo algumas fontes a par do assunto, é praticamente certo que os outros grandes acionistas, como o FI-FGTS, o fundo de pensão Petros, dos empregados da Petrobras, e os bancos Bradesco e Santander tenham de seguir o mesmo caminho. Procurados, eles não quiseram comentar o assunto.

Além disso, fica mais difícil que uma solução seja encontrada para recuperar a empresa. "É o reconhecimento da falência", diz um acionista minoritário. Entre os minoritários estão investidores que aplicaram na empresa pelo fundo do BTG e também diretamente, como EIG, LakeShore, Luce Venture Capital e o fundo Valia, dos funcionários da Vale.

O diretor de investimentos da Funcef, Maurício Marcellini Pereira, diz que a equação para a Sete é muito complicada. Não bastasse a Petrobras ter reduzido o número de sondas que quer contratar, ainda quer rediscutir o valor do aluguel.

"Dia 28 temos uma nova reunião de acionistas", diz ele, que entende que, mesmo com o reconhecimento das perdas, é possível ainda recuperar a companhia. Pereira diz que a Funcef queria ser conservadora. Assim, reconheceu R$ 1,3 bilhão em perdas no balanço de 2015, que ainda será divulgado.

Segundo informações oficiais do BTG Pactual, o lançamento das perdas foi feito no último trimestre do ano passado.

O banco já havia reconhecido R$ 280 milhões de prejuízo no primeiro trimestre do ano, o que na época, segundo informava o próprio banco, equivalia a 25% do total investido.

Agora o prejuízo foi integralmente absorvido, mas, o banco não revela o valor total. A estimativa é de que seja em torno de R$ 1,1 bilhão. Já a Previ não quis comentar o caso, mas segundo fontes próximas ao fundo, o balanço virá com perdas de R$ 180 milhões reconhecidas.

A Previ foi um dos primeiros investidores da Sete Brasil, em 2010. A companhia nasceu para gerenciar a contratação de navios-sonda que seriam usados pela Petrobras na exploração do pré-sal.

A ideia era tirar da estatal o peso do investimento. Inicialmente, foram contratadas sete sondas, mas depois houve um salto na empresa e o volume passou a 29 sondas, em contratos de US$ 89 bilhões.

Os sócios foram chamados a ampliar o capital, mas Previ, na época, decidiu manter sua participação e acabou diluída.

Os fundos Funcef e Petros, entretanto, acompanharam os investidores. O Petros ainda não informou oficialmente se fará ou não o reconhecimento.

Em 2014, quando estava prestes a ser fechado o financiamento de longo prazo com o BNDES que viabilizaria a empresa, denúncias na Lava Jato sobre pagamento de propinas a diretores da empresa inviabilizaram o financiamento.

De lá para cá, a Sete passou a não pagar mais aos estaleiros e fornecedores, iniciou uma cruzada para tentar encontrar sócios e foi rolando uma dívida com os bancos, de quem pegou emprestados R$ 12 bilhões.

Esses bancos já executaram uma garantia de R$ 4 bilhões dada pelo Fundo Garantidor da Construção Naval. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Pelo menos três sócios da Sete Brasil , empresa criada para gerenciar a compra de sondas para o pré-sal, já estão reconhecendo oficialmente a perda total do investimento que fizeram na companhia.

O banco BTG Pactual e os fundos de pensão Funcef, dos funcionários da Caixa, e a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, lançaram os prejuízos em seus balanços anuais. Juntos, estima-se que tenham perdido cerca de R$ 2,6 bilhões.

Com a decisão desses sócios, segundo algumas fontes a par do assunto, é praticamente certo que os outros grandes acionistas, como o FI-FGTS, o fundo de pensão Petros, dos empregados da Petrobras, e os bancos Bradesco e Santander tenham de seguir o mesmo caminho. Procurados, eles não quiseram comentar o assunto.

Além disso, fica mais difícil que uma solução seja encontrada para recuperar a empresa. "É o reconhecimento da falência", diz um acionista minoritário. Entre os minoritários estão investidores que aplicaram na empresa pelo fundo do BTG e também diretamente, como EIG, LakeShore, Luce Venture Capital e o fundo Valia, dos funcionários da Vale.

O diretor de investimentos da Funcef, Maurício Marcellini Pereira, diz que a equação para a Sete é muito complicada. Não bastasse a Petrobras ter reduzido o número de sondas que quer contratar, ainda quer rediscutir o valor do aluguel.

"Dia 28 temos uma nova reunião de acionistas", diz ele, que entende que, mesmo com o reconhecimento das perdas, é possível ainda recuperar a companhia. Pereira diz que a Funcef queria ser conservadora. Assim, reconheceu R$ 1,3 bilhão em perdas no balanço de 2015, que ainda será divulgado.

Segundo informações oficiais do BTG Pactual, o lançamento das perdas foi feito no último trimestre do ano passado.

O banco já havia reconhecido R$ 280 milhões de prejuízo no primeiro trimestre do ano, o que na época, segundo informava o próprio banco, equivalia a 25% do total investido.

Agora o prejuízo foi integralmente absorvido, mas, o banco não revela o valor total. A estimativa é de que seja em torno de R$ 1,1 bilhão. Já a Previ não quis comentar o caso, mas segundo fontes próximas ao fundo, o balanço virá com perdas de R$ 180 milhões reconhecidas.

A Previ foi um dos primeiros investidores da Sete Brasil, em 2010. A companhia nasceu para gerenciar a contratação de navios-sonda que seriam usados pela Petrobras na exploração do pré-sal.

A ideia era tirar da estatal o peso do investimento. Inicialmente, foram contratadas sete sondas, mas depois houve um salto na empresa e o volume passou a 29 sondas, em contratos de US$ 89 bilhões.

Os sócios foram chamados a ampliar o capital, mas Previ, na época, decidiu manter sua participação e acabou diluída.

Os fundos Funcef e Petros, entretanto, acompanharam os investidores. O Petros ainda não informou oficialmente se fará ou não o reconhecimento.

Em 2014, quando estava prestes a ser fechado o financiamento de longo prazo com o BNDES que viabilizaria a empresa, denúncias na Lava Jato sobre pagamento de propinas a diretores da empresa inviabilizaram o financiamento.

De lá para cá, a Sete passou a não pagar mais aos estaleiros e fornecedores, iniciou uma cruzada para tentar encontrar sócios e foi rolando uma dívida com os bancos, de quem pegou emprestados R$ 12 bilhões.

Esses bancos já executaram uma garantia de R$ 4 bilhões dada pelo Fundo Garantidor da Construção Naval. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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