BTG fica de fora da reestruturação da OGX e da OSX
Segundo Valor Econômico, banco não acredita que há possibilidade de reorganizar as empresas X somente com a venda de ativos
Daniela Barbosa
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 09h10.
São Paulo - O BTG Pactual não vai participar da reestruturação da OGX e da OSX . Segundo uma fonte próxima à operação, ouvida pelo jornal Valor Econômico, desta sexta-feira, o banco liderado por André Esteves está incrédulo que as duas companhias possam se reorganizar somente com a venda de ativos.
De acordo com a reportagem, nem a falência das companhias de Eike Batista é descartada pelo BTG, principalmente a petroleira do empresário, que acumula a maior parte dos problemas das empresas X.
Segundo o jornal, o papel do banco no processo de reestruturação era o de tentar vender parte das operações das empresas, mas como a OGX e a OSX não têm muitos ativos, a participação do BTG não seria necessária.
Na semana passada, a coluna Radar, da revista Veja, afirmou que a parceria fechada entre o BTG Pactual e as empresas X deveria chegar ao fim. As companhias estariam discutindo detalhes do destrato.
Em março, o BTG e a EBX anunciaram parceria de cooperação estratégica. Com o acordo, as empresas da holding teriam aconselhamento financeiro, linhas de crédito e investimentos de capital de longo prazo exclusivos do banco de Esteves.
Na época, Eike chegou a afirmar por meio de fato relevante, que a parceria era, acima de tudo, uma parceria para o sucesso do Brasil.
O acordo entre os dois grupos não implicava na exclusividade do BTG Pactual na prestação de serviços financeiros para o EBX e a remuneração do banco de investimentos seria calculada com base no desempenho das companhias do conglomerado.
Para Esteves, a parceria exemplificaria, uma vez mais, a disposição do BTG de apoiar projetos únicos do setor real da economia e o empreendedorismo nacional, mas parece que não deu certo