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British Airways compra 36 aviões de uma vez

Pedidos de 8,2 bilhões de dólares feitos às fabricantes Boeing e Airbus podem dar início a uma renovação completa da frota, nos próximos anos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

O mercado mundial de aviação foi sacudido nesta quinta-feira (27/09) pelo anúncio de que a companhia aérea inglesa British Airways fechou contratos para compra de 36 aeronaves de grande porte, ao custo total de 8,2 bilhões de dólares, na maior encomenda feita pela empresa nos últimos nove anos, como informa o jornal britânico Financial Times.

Os pedidos foram feitos às duas maiores fabricantes de aviões comerciais do mundo - a francesa Airbus entregará 12 superjumbos do modelo A380, com opção de compra de outros sete, enquanto a americana Boeing venderá 24 exemplares do modelo 787 Dreamliner, com opção de compra de mais 18.

Ambas as empresas devem concluir a entrega entre 2010 e 2014 e precisam usar em seus aviões motores da inglesa Rolls-Royce, escolhidos pela companhia aérea como fornecedora após uma concorrência com a joint-venture americana Engine Alliance.

Segundo o FT, A British Airways receberá financiamento de 1,5 bilhão de dólares, de um grupo de bancos não-revelados, como forma de agilizar o pagamento das encomendas até 2011.

Movimentação no setor

A notícia da compra recebeu grande destaque nos jornais internacionais porque, além do valor bastante alto dos contratos, sinaliza o início do processo de renovação e de expansão da frota da British Airways.

Diante do conjunto de 114 aeronaves de grande porte da companhia, a previsão dos analistas de mercado é que novos pedidos dessa dimensão sejam feitos nos próximos anos, uma vez que a aquisição de modelos maiores e mais recentes é um ponto fundamental da estratégia da British Airways para aumentar sua capacidade de transporte em 4% ao ano, mesma média em que cresce o mercado. A substituição também ajuda a reduzir em até 30% as emissões de dióxido de carbono, gás causador do efeito estufa.

Executivos da companhia aérea disseram ainda que cada modelo será usado num tipo diverso de estratégia. Os jumbos da Airbus serão usados na linhas mais requisitadas e servirão para aumentar a densidade nas linhas que operam no aeroporto londrino de Heathrow, onde o número de permissões para pousos e decolagens tem ficado escasso. As aeronaves da Boeing, por sua vez, servirão para implementar novas rotas e para aumentar a freqüência daquelas já existentes.

Para as fabricantes, o negócio com a Birtish Airways também caiu muito bem às suas estratégias. No caso da Airbus, que vinha tentando recuperar a imagem do A380, após problemas na linha de produção e um atraso de dois anos na entrega dos primeiros modelos, a escolha desse modelo tem sido vista como um voto de confiança no produto, segundo o FT.

Já a Boeing recebeu um reforço na extensa lista de pedidos pelo Dreamliner, maior aposta da empresa. O modelo é apontado como o mais bem-sucedido já lançado pela fabricante.

Na Bolsa de Valores de Londres, as ações da British Airways registraram aumento de 2,6%, enquanto as da Rolls Royce subiram 2,5%, após o anúncio.

 

 

 

 

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