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Braskem pagará US$ 632 mi por caso de corrupção nos EUA

A Braskem tinha anunciado sua disposição de colaborar com as autoridades depois que sua controladora, a Odebrecht, divulgou um acordo similar

Braskem: com plantas no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha, a Braskem é líder mundial na fabricação de biopolímeros (Divulgação)

Braskem: com plantas no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha, a Braskem é líder mundial na fabricação de biopolímeros (Divulgação)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 19h59.

Nova York - Um tribunal de Nova York condenou nesta quinta-feira a petroquímica brasileira Braskem, controlada pela construtora Odebrecht, a pagar uma multa de US$ 632,6 milhões por um caso de suborno que estava tramitando na Justiça dos Estados Unidos.

A Braskem tinha se declarado culpada das acusações no dia 21 de dezembro do ano passado na causa conduzida pelo juiz nova-iorquino Raymond Dearie. A multa aplicada é a mesma que foi estabelecida pela procuradoria e pela defesa da empresa.

Com plantas no Brasil, México, Estados Unidos e Alemanha, a Braskem é líder mundial na fabricação de biopolímeros e a maior produtora de resinas termoplásticas da América, assim como a sexta maior fabricante mundial de resinas.

Já em meados de dezembro do ano passado, a Braskem tinha anunciado tanto no Brasil como nos Estados Unidos sua intenção de colaborar com as autoridades dos dois países na investigação dos subornos pagos para garantir contratos no Brasil.

Esse caso foi tramitado em Nova York porque a empresa negocia na Bolsa de Nova York.

A Braskem tinha anunciado sua disposição de colaborar com as autoridades depois que sua controladora, a Odebrecht, uma das principais envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras, divulgou um acordo similar pelo qual aceitou pagar US$ 2 bilhões em multas.

De acordo com o último memorando dos procuradores nova-iorquinos, a Braskem conspirou entre 2002 e 2014 para pagar subornos a funcionários e dirigentes políticos do Brasil a fim de conseguir e reter contratos no país.

No total, segundo este documento, a Braskem desviou US$ 250 milhões a empresas fantasmas situadas em paraísos fiscais para que fossem destinados a uma divisão da Odebrecht a fim de pagar estes subornos.

Estes pagamentos ilegais permitiram a Odebrecht, entre outras coisas, manter um contrato de joint venture com a Petrobras, além de benefícios adicionais para Braskem.

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