Brasil torna-se pólo de exportação para Samsung e LG

Samsung e LG investiram pesado em suas fábricas em 2005 (mais de 200 milhões de dólares), mas o dinheiro não foi utilizado somente para conquistar o mercado local. De olho no potencial da América Latina, as coreanas exportaram à beça. A LG vendeu 20% de sua produção para Panamá, Chile, Paraguai e Uruguai. Já a Samsung comercializou 10% para os países do Mercosul, principalmente a Argentina. Em ambos os casos, os principais produtos destinados ao consumo externo foram monitores, TVs e telefones celulares.

Exportar é um assunto que está na pauta da LG desde 2004. Naquele ano, a empresa investiu 5 milhões de dólares para iniciar a fabricação de uma linha de celulares destinados à exportação, num pedaço da fábrica de televisores de Manaus (AM). Em julho deste ano, a coreana inaugurou uma planta exclusiva de telefones, em Taubaté (SP), com investimentos de 60 milhões de dólares. A capacidade de produção dobrou, para 6 milhões de aparelhos por ano, e os resultados das vendas externas deram um salto. "As exportações de celulares devem crescer muito também no ano que vem", aposta Antônio Barreira Neto, responsável pela fábrica de Taubaté.

No caso da Samsung, a situação é semelhante. Em 2004, a empresa concluiu um processo de reposicionamento estratégico que culminou com investimentos de 100 milhões de dólares no país, direcionados para a ampliação da fábrica de Manaus e para a inauguração de um novo parque em Campinas (SP). Com essas medidas, a venda para outros países dobrou. "Vamos chegar a 100 milhões de dólares em exportações neste ano", afirma José Roberto Campos, vice-presidente executivo da empresa coreana.

Para o futuro, as exportações devem crescer ainda mais. A LG já prepara a inauguração de sua terceira fábrica no Brasil, também em Manaus, que produzirá TVs, incluindo os novos modelos de LCD (cristal líquido). Já a Samsung quer atingir a marca de 200 milhões de reais exportados em 2006.