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Brasil Foods pode crescer no exterior com Diniz no conselho

O empresário deve ser eleito amanhã presidente do conselho da Brasil Foods depois de conseguir apoio de dois dos três principais acionistas


	Os investidores apostam em Abílio Diniz para ajudar a empresa a retomar a rota do crescimento depois que a aquisição de US$ 3,8 bilhões da Sadia em 2009 levou o Cade a exigir a venda de ativos
 (LAILSON SANTOS)

Os investidores apostam em Abílio Diniz para ajudar a empresa a retomar a rota do crescimento depois que a aquisição de US$ 3,8 bilhões da Sadia em 2009 levou o Cade a exigir a venda de ativos (LAILSON SANTOS)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 09h19.

São Paulo - Investidores apostam que o bilionário Abílio Diniz, prestes a se tornar presidente do conselho da BRF-Brasil Foods SA, vai comandar uma expansão internacional da maior empresa de alimentos do País e aumentar suas margens de lucro.

Diniz, que como presidente do conselho da Cia. Brasileira de Distribuição Grupo Pão de Açúcar lançou mão de aquisições para fazer dela a maior rede de varejo do País, deve ser eleito amanhã presidente do conselho da Brasil Foods depois de conseguir apoio de dois dos três principais acionistas, de acordo com investidores e analistas.

Os investidores da Brasil Foods apostam em Diniz, 76, para ajudar a empresa a retomar a rota do crescimento depois que a aquisição de US$ 3,8 bilhões da Sadia SA em 2009 levou o Cade a exigir a venda de ativos.

O magnata provavelmente vai ajudar a empresa de comida pronta e iogurtes a cortar custos e melhorar a eficiência, de acordo com o analista do Goldman Sachs Group Inc., Luca Cipiccia.

“Eu vejo a presença de Abílio Diniz com bons olhos”, disse Frederico de Castro, analista da Perfin Investimentos, que administra R$ 2,6 bilhões em ativos, inclusive ações da Brasil Foods. “Ele vai ajudar a construir uma agenda de crescimento mais agressiva.”

A Brasil Foods teve lucro líquido de R$ 562,8 milhões no quarto trimestre, acima da estimativa mediana de sete analistas ouvidos pela Bloomberg, que era de um lucro de R$ 428,1 milhões.

A receita subiu 13 por cento sobre o trimestre anterior. O Ebitda caiu para 8,2 por cento das receitas em 2012, de 11 por cento no ano anterior.

A Brasil Foods não quis comentar as mudanças em seu conselho de administração e seus planos de crescimento, em resposta por e-mail a questionamentos da Bloomberg. Glass Lewis recomenda a acionistas da BRF votarem contra Diniz Por Cristiane Lucchesi

A consultoria Glass Lewis recomendou a acionistas da BRF votarem contra Diniz para presidir conselho de administração da cia. devido a potencial conflito de interesse, segundo relatório enviado a acionistas da BRF.

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