Negócios

Brasil Foods negocia aumentos de 10% a 15% com clientes

Empresa busca repassar para os preços os aumentos nos custos de produção

Brasil Foods acredita que a situação de abastecimento de frango em países consumidores é favorável à empresa no momento (Germano Luders/EXAME)

Brasil Foods acredita que a situação de abastecimento de frango em países consumidores é favorável à empresa no momento (Germano Luders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2010 às 10h49.

São Paulo - A Brasil Foods, maior exportadora global de carne de aves, negocia com clientes no exterior aumentos nos preços de entre 10 e 15 por cento em dólar, disse o presidente executivo, José Antonio do Prado Fay.

A empresa busca repassar para os preços os aumentos nos custos de produção, principalmente devido à elevação nos valores internacionais dos grãos, matéria-prima para a ração animal.

Fay afirmou a jornalistas, analistas e investidores, durante reunião nesta terça-feira, que a situação de abastecimento de frango em importantes países consumidores é favorável à empresa no momento.

"Os países não estão estocados em frango. Isso é bom para o repasse de preços", disse.

A companhia, principal processadora de aves e suínos no Brasil, vê uma demanda firme no mercado exportador apesar das elevações de preços.

A Brasil Foods divulgou na última sexta-feira resultados financeiros do terceiro trimestre, tendo registrado lucro líquido de 189,7 milhões de reais, queda de 10 por cento em relação a igual período em 2009.

O diretor financeiro Leopoldo Saboya afirmou que os preços dos grãos têm subido em maior ritmo fora do Brasil do que localmente, o que acaba sendo um fator postivo para a companhia, que ganha competitividade.

Após as quedas nos preços das commodities seguindo a crise econômica iniciada em 2008, os valores dos principais produtos subiram muito nas últimas semanas e estão praticamente nos mesmos níveis de há dois anos.

A situação começa a preocupar alguns países, do ponto de vista de inflação, e suscita novos debates sobre uma eventual crise de alimentos.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaAlimentaçãoAlimentos processadosBRFCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasPreçosReajustes de preçosSadiaSalários

Mais de Negócios

De hábito diário a objeto de desejo: como a Nespresso transformou o café em luxo com suas cápsulas?

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases