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Brasil Foods diz que aprovação da fusão seria positiva para “toda a sociedade”

Em nota, empresa afirma que somente uma companhia do seu porte pode competir internacionalmente

Brasil Foods: peso na balança comercial é um dos argumentos da empresa (DIVULGACAO)

Brasil Foods: peso na balança comercial é um dos argumentos da empresa (DIVULGACAO)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 20h13.

São Paulo – Para convencer o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a aprovar sua criação, a Brasil Foods vai destacar os supostos benefícios sociais e econômicos que gera para o país. Em nota à imprensa, a Brasil Foods afirma que o aval ao negócio seria “uma decisão positiva para toda a sociedade brasileira.”

Nesta quarta-feira (8/6), o Cade iniciou o julgamento da fusão da Sadia com a Perdigão, anunciada em maio de 2009 e que deu origem à Brasil Foods. Em seu parecer, o relator do caso, Carlos Ragazzo, votou pela rejeição total do acordo. Segundo Ragazzo, os argumentos da companhia para sustentá-lo são improcedentes e sua aprovação representaria um grande risco para consumidores, concorrentes e fornecedores.

Na nota à imprensa, a BRF elogia o pedido de vistas do conselheiro Ricardo Ruiz, que levou à suspensão do julgamento do Cade. A empresa classificou a medida como positiva, “por entender que o caso é complexo e agora, com o pedido de vistas, os demais quatro conselheiros terão mais tempo para avaliar a questão.”

Função social

A BRF repassou, em seguida, alguns argumentos já divulgados nas semanas que precederam a sessão de hoje do Cade, enfatizando seu peso social. “A união entre Perdigão e Sadia criou a segunda maior empregadora e a terceira exportadora do país”, afirma o texto.

A empresa também negou que seu porte represente uma ameaça à livre concorrência. “A aprovação da fusão é pró-competitiva e não trará prejuízo aos milhões de consumidores atendidos por suas marcas.”

Durante a leitura do relatório, Ragazzo afirmou que a concentração de mercado gerada pela Brasil Foods poderia levar, facilmente, ao aumento de até 40% no preço dos produtos que fabrica, em algumas regiões do país. A BRF informou que o efeito seria contrário: queda de preços, decorrente das sinergias geradas pelo negócio.

Ainda na nota, a BRF afirma que possui papel relevante na economia e na competitividade brasileira no exterior. “Somente uma companhia com o porte da BRF pode competir no mercado global em igualdade de condições com as grandes empresa do setor.”

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