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Bradesco tem lucro abaixo do esperado e corta crédito

O banco teve lucro líquido de R$ 2,83 bilhões, avanço ligeiro de 1,7% sobre o mesmo período de 2011

O Bradesco reduziu sua projeção de expansão da carteira de crédito em 2012 de 18% a 22% para 14% a 18% (Andrevruas/Wikimedia Commons)

O Bradesco reduziu sua projeção de expansão da carteira de crédito em 2012 de 18% a 22% para 14% a 18% (Andrevruas/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 08h00.

São Paulo - O segundo maior banco privado do país, Bradesco, cortou suas projeções de crescimento da carteira de crédito este ano depois que a desaceleração da economia e aumento de índices de inadimplência fizeram os resultados da instituição ficarem levemente abaixo do esperado no segundo trimestre.

O banco teve lucro líquido de 2,83 bilhões de reais, avanço ligeiro de 1,7 por cento sobre o mesmo período de 2011, enquanto o lucro recorrente somou 2,867 bilhões de reais, ante expectativa média de 11 analistas apurada pela Reuters de resultado positivo de 2,92 bilhões de reais.

O Bradesco reduziu sua projeção de expansão da carteira de crédito em 2012 de 18 a 22 por cento para 14 a 18 por cento, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira.

O banco encerrou o trimestre com o quinto aumento seguido no índice de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias. O indicador passou de 3,7 por cento no segundo trimestre de 2011 para 4,2 por cento e ficou acima dos 4,1 por cento dos três primeiros meses de 2012.

Com o aumento na inadimplência, o Bradesco elevou a provisão para devedores duvidosos para 20,68 bilhões de reais ante 20,117 bilhões no primeiro trimestre e 17,365 bilhões no segundo trimestre do ano passado.

Enquanto isso, a carteira de crédito da instituição cresceu 14,1 por cento no comparativo anual, para 364,963 bilhões de reais, puxado por expansão dos financiamentos a pessoa jurídica, que subiram 16,5 por cento no período, para 252,728 bilhões de reais.

O retorno anualizado sobre patrimônio líquido médio (ROE), um indicador da lucratividade de um banco, fechou o trimestre no nível mais baixo desde pelo menos o terceiro trimestre de 2010, a 20,6 por cento. De janeiro a março o indicador havia sido de 21,4 por cento e no segundo trimestre de 2011 o Bradesco havia registrado ROE de 23,2 por cento.

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