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Bolívia quer vender excedente de gás da Petrobras

Após reunião com o ministro de Minas e Energia, o ministro boliviano disse que o país quer negociar a venda de gás para outros mercados

Petrobras: segundo o ministro boliviano, historicamente a Petrobras importa entre 28 milhões e 30 milhões de metros cúbicos (m³) de gás da Bolívia por dia (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19h20.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2017 às 21h49.

O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia , Luis Alberto Sánchez Fernández, disse hoje (15) que o excedente de gás do país que não está sendo consumido atualmente pela Petrobras poderá ser negociado com novos clientes no Brasil.

Após reunião com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, Fernández disse que a Bolívia quer negociar a venda de gás para outros mercados, como por exemplo, as termelétricas.

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"Até 15 de março, a Petrobras vai nos dar uma projeção e, a partir dessa projeção, teremos a definição de outros mercados", disse.

Segundo o ministro boliviano, historicamente a Petrobras importa entre 28 milhões e 30 milhões de metros cúbicos (m³) de gás da Bolívia por dia, mas atualmente esse volume está em 15 milhões de m³/dia.

"Em função dessa projeção, eu teria a capacidade de entregar outros volumes, fundamentalmente para empresas brasileiras", disse.

Fernández não adiantou, no entanto, como será feito o acordo financeiro com a Petrobras se a estatal brasileira passar a receber menos gás da Bolívia.

"Dentro dessa negociação, desses acordos, vamos tocar nesse tema, e ficará mais claro a partir de março."

Segundo a Petrobras, a importação atual de gás da empresa Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) está em cerca de 45% do volume máximo diário.

"A queda na importação reflete a redução conjuntural da demanda brasileira termelétrica e do mercado industrial, somada ao aumento da oferta de gás nacional, e está de acordo com as obrigações e direitos da Petrobras em seus contratos", informou a estatal.

O Ministério de Minas e Energia disse que não vai se opor à venda do excedente de gás da Bolívia e vai dar todo o suporte necessário para a negociação com os agentes privados.

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