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Bolívia cobra Petrobras sobre compra de gás

Ministro de Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, pediu maior previsibilidade de consumo por parte da petroleira

Petrobras: bolivianos esperam informações mais firmes sobre isso para decidir se abrem a venda de gás para outros compradores no Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 08h45.

Brasília - A Bolívia cobrou nesta terça-feira, 5, uma definição da Petrobras sobre a compra de gás daquele país. Durante conversa do presidente Michel Temer com o presidente da Bolívia, Evo Morales, o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, deixou claro que gostaria de maior previsibilidade de consumo por parte da Petrobras, segundo fontes presentes ao encontro.

O Brasil é o principal consumidor do gás boliviano e a Petrobras é hoje a única compradora no País. O atual contrato de fornecimento acaba em 2019.

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Embora seja um contrato entre a estatal brasileira e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), esse é o principal item de relacionamento econômico entre os dois países.

Segundo fontes, há sinais nos bastidores de que, com o fim do contrato, a Petrobras pretende reduzir suas compras de gás pela metade.

Os bolivianos esperam informações mais firmes sobre isso para decidir se abrem a venda de gás para outros compradores no Brasil.

Mato Grosso do Sul é um dos interessados, segundo informou ao Estado o governador Reinaldo Azambuja. "Temos um duto em Corumbá que só precisa ser conectado ao sistema boliviano", disse.

O Estado quer comprar gás diretamente da Bolívia para viabilizar a implantação de uma usina termoelétrica na fronteira, um investimento privado de R$ 1,5 bilhão. Outras empresas poderiam comprar diretamente da empresa estadual, a MSGÁS.

Com isso, provavelmente, conseguiriam um preço melhor do que o cobrado pela Petrobras, por causa do custo de transporte, que é igual para todos os consumidores, independentemente de onde estejam.

Azambuja quer vender diretamente e oferecer como vantagens a proximidade em relação ao fornecedor e um sistema de dutos próprio. Procurada, a Petrobras não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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