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Boeing sabia de problemas anteriores em aviões, diz NYT

Mesmo antes dos dois incidentes com aviões Boeing 787, as baterias usadas nas aeronaves já haviam enfrentado vários problemas, afirmou o jornal New York Times


	Segundo o jornal, a Boeing estava ciente dos problemas meses antes dos incidentes que resultaram em pousos de emergência do modelo 787 neste mês
 (Issei Kato/Reuters)

Segundo o jornal, a Boeing estava ciente dos problemas meses antes dos incidentes que resultaram em pousos de emergência do modelo 787 neste mês (Issei Kato/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Nova York - Mesmo antes dos dois incidentes com aviões Boeing 787, as baterias de íon-lítio usadas nas aeronaves já haviam enfrentado vários problemas que levantavam questões sobre a sua confiabilidade, afirmou o jornal New York Times na edição online desta quarta-feira.

Segundo a publicação, a Boeing estava ciente dos problemas meses antes dos incidentes que resultaram em pousos de emergência e levaram empresas a cancelarem todos os voos do modelo 787 neste mês.

Nesta quarta-feira, as duas principais companhias aéreas do Japão disseram que haviam substituído uma série de baterias em seus modelos Dreamliner antes do cancelamento mundial dos voos.

Uma porta-voz da All Nippon Airways afirmou que as baterias em 10 aviões de sua frota foram substituídas, enquanto um representante da Japan Airlines afirmou que "algumas" precisavam ser trocadas.

Em cinco das 10 substituições, a All Nippon Airlines afirmou que a bateria principal havia mostrado uma carga inesperadamente baixa. Uma queda inesperada de energia na bateria principal de um 787 também ocorreu no voo da companhia que precisou fazer um pouso de emergência no dia 16 de janeiro, no Japão.

A companhia aérea disse que havia relatado à Boeing sobre as substituições assim que elas ocorreram, mas não foi obrigada a comunicar o caso aos reguladores de segurança porque não foram consideradas questões de segurança e não houve atraso de voos ou cancelamentos.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes afirmou ontem que as trocas passaram a fazer parte de sua investigação.


Foi a primeira vez que a All Nipon abordou a extensão dos problemas anteriores, o que põem em evidência a natureza volátil das baterias e aumenta preocupações sobre a possibilidade da Boeing e outros fabricantes de utilizar as baterias de forma segura.

A Boeing, que tem sede em Chicago, tem dito repetidamente que quaisquer problemas com as baterias podem ser contidos, sem ameaçar os aviões e seus passageiros.

No entanto, em resposta à divulgação da All Nippon, funcionários da Boeing disseram que a substituição das baterias indicava que as ações foram feitas para evitar o superaquecimento e manter as baterias gastas de serem recarregadas.

Funcionários da empresa também reconheceram que as novas baterias não estavam durando tanto quanto o previsto. Por outro lado, a All Nippon Airlines alegou que as baterias substituídas não tinham expirado.

O representante da GS Yuasa, Tsutomu Nishijima, disse que a troca de baterias fazia parte de operações normais de um avião, mas não quis dar mais detalhes.

O balanço da Boeing será divulgado nesta quarta-feira às 10h30 (de Brasília).

As informações são do New York Times e da Dow Jones.

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