Boeing: modelo 737 Max sob críticas do mercado após estar envolvido em dois acidentes fatais (Matt Mills McKnight/Reuters)
Reuters
Publicado em 17 de junho de 2019 às 08h22.
Última atualização em 17 de junho de 2019 às 08h41.
PARIS — O presidente da Boeing disse neste domingo que a fabricante norte-americana de aviões cometeu um erro ao implementar um sistema defeituoso de aviso de cabine na aeronave 737 MAX e previu que levará tempo para reconstruir a confiança dos clientes na sequência de dois acidentes fatais.
O presidente-executivo da empresa, Dennis Muilenburg, disse que a Boeing falhou na comunicação com os reguladores e clientes, mas defendeu engenharia e design de software que estão no centro das investigações sobre os acidentes que levaram crise à companhia aérea multinacional.
Muilenburg reconheceu que a empresa cometeu um erro ao não revelar o sistema de alerta defeituoso do cockpit de seu 737 MAX para reguladores e clientes, e disse que essa falha tem sido objeto de análise dos reguladores globais.
Muilenburg, que está sob duras críticas a respeito do projeto do 737 MAX e da forma como a Boeing lidou com a crise, disse que "estamos vendo ao longo do tempo cada vez mais convergência entre os reguladores" sobre quando a aeronave deve retornar ao serviço.
Ele disse esperar que o MAX retorne a operar ainda neste ano e que 90% dos seus clientes participem de sessões de simulação de voo com o software MCAS atualizado, já que a empresa trabalha para garantir um vôo de certificação junto aos reguladores em breve.
A Boeing diz que seguiu procedimentos de engenharia ao projetar o 737 MAX. Questionado sobre como os procedimentos falharam na captura de falhas aparentes no software de controle do MCAS e na arquitetura de sensores, Muilenburg disse: "Claramente, podemos fazer melhorias, e entendemos isso e faremos essas melhorias".