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BNDES prepara venda de R$ 6 bilhões de debêntures da Vale

Meta do banco é vender 90 bilhões de reais de sua carteira de títulos até o fim de 2022 e já vendeu metade disso até agora

Vale: no início do ano, o BNDES também vendeu ações da mineradora e da Petrobras (Washington Alves/Reuters)

Vale: no início do ano, o BNDES também vendeu ações da mineradora e da Petrobras (Washington Alves/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 09h51.

O BNDES espera concluir a venda de cerca de 2 bilhões de reais em debêntures da Vale até o início do próximo ano, disse um executivo do banco de fomento nesta quarta-feira.

Em setembro, o BNDES informou que contratou bancos para coordenar a oferta, como parte de sua estratégia para se desfazer dos títulos por seu braço de investimentos, BNDESPar, e focar principalmente em pequenas empresas e infraestrutura.

O governo federal também vai se juntar ao BNDESPar na venda das chamadas "debêntures participativas" da Vale, em uma oferta que pode chegar a 6 bilhões de reais, disse em entrevista o diretor-gerente de privatizações, Leonardo Cabral.

O banco vendeu 42 bilhões de reais em ações da empresa até agora em 2020. O BNDES levantou 6,91 bilhões de reais na semana passada com a venda de sua participação na Suzano. O banco teve lucro de cerca de 2 bilhões de reais com a venda das ações, que detinha há décadas.

No início do ano, o BNDES também vendeu ações da Vale e da Petrobras.

Cabral disse que o banco está monitorando o apetite do mercado em vender fatias adicionais na Petrobras e na Vale, mas acrescentou que há prazo claro para isso.

A meta do BNDES é vender 90 bilhões de reais de sua carteira de títulos até o fim de 2022 e já vendeu metade disso até agora.

Algumas empresas do portfólio podem demorar mais para serem vendidas, acrescentou. O banco está pedindo a outros investidores do JSB que apóiem ​​uma ação coletiva contra executivos da empresa e acionistas controladores em busca de indenização por danos causados ​​por esquema de suborno.

Os acionistas decidirão se apoiarão o BNDES em assembleia de acionistas marcada para 30 de outubro. O BNDES não venderá sua participação na empresa antes de colher os ganhos potenciais da ação, disse Cabral.

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