Negócios

BNDES e Caixa são os maiores credores de Eike Batista

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Caixa Econômica Federal tem exposição de R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente


	O fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

O fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos (REUTERS/Ricardo Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 09h50.

São Paulo - A exposição das empresas X, do empresário Eike Batista, no mercado financeiro está concentrada em cinco bancos brasileiros, de acordo com relatório do Bank of America Merril Lynch, enviado a clientes.

Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.

Em seguida estão os privados Bradesco, Itaú Unibanco e BTG Pactual. Juntos, conforme cálculos dos analistas Alessandro Arlant, Anne Milne e Roy Yackulic, esses bancos somam exposição de mais de R$ 9,4 bilhões às empresas do grupo X.

Eles destacam, no relatório, que os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.

“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.

Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos.

Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.

Os analistas destacam ainda que Bradesco (R$ 1,252 bilhão) e Itaú Unibanco (R$ 1,235 bilhão) têm uma exposição semelhante ao grupo X, representando 1,3% e 1,4% do seu capital, respectivamente.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasPersonalidadesBancosEmpresáriosFinançasBNDESCaixaEike BatistaOSXMMXEBX

Mais de Negócios

Como um criador transformou design em um negócio digital de cinco dígitos

Novo CEO quer triplicar receita com distribuição de alimentos até 2030

Startup de IA que processa empréstimos atinge US$ 25 mi em receita anual em apenas dois anos

Em 5 meses, essa startup salta de zero a US$ 6,6 bi e desafia modelo de TI corporativa