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Black Friday de 2020: essas são as tendências mais importantes

Encontrar boas ofertas e comprar produtos por preços baixos continuam sendo os grandes motivadores de compra e 54% dos brasileiros irão aproveitar a data

Black Friday: Cerca de 40% dos consumidores irão comprar exclusivamente no digital, um aumento de 7% (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Black Friday: Cerca de 40% dos consumidores irão comprar exclusivamente no digital, um aumento de 7% (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 09h22.

Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 10h28.

A Black Friday de 2020 será diferente dos anos anteriores. O canal digital volta a ganhar mais importância para as compras, como uma volta às origens da data promocional no país. Além disso, com as finanças mais apertadas, o consumo na Black Friday deve encolher. Só 54% dos brasileiros irão comprar algo na data, queda de 8 pontos em relação ao ano anterior, de acordo com pesquisa feita pelo Google. Ganha pouco, mas gostaria de começar a guardar dinheiro e investir? Aprenda com a EXAME Academy.

A pesquisa foi encomendada pelo Google e realizada pela Provokers com 1.500 pessoas de todas as regiões do Brasil, homens e mulheres de 18 a 54 anos, das classes ABC e com acesso a internet, entre 14 e 21 de setembro, 2020. 

Esperando preços mais baixos, seis a cada 10 brasileiros declararam que irão aguardar a Black Friday para comprar um produto que pretendem adquirir nos próximos 6 meses. Encontrar boas ofertas e comprar produtos por preços mais baixos continuam sendo os grandes motivadores de compra. As principais motivações observadas durante a pandemia, como necessidade, indulgência e entretenimento, seguem presentes neste ano.

Entre as motivações estão: ter o prazer de encontrar boas ofertas e fazer bons negócios, para 57%; comprar algum produto que não puderam comprar antes por questões financeiras para 49%; conseguir comprar algum produto que gosto/tenho vontade de ter para 41% e repor algum produto para 34%. 

As 10 categorias com maior intenção de compra declaradas foram Celulares (38%), Eletrodomésticos (30%), Informática (28%), Roupas Femininas (28%), TV (26%), Roupas (24%), Eletroportáteis (24%), Perfumes (24%), Tênis (22%) e Móveis (22%). Neste ano, algumas categorias aceleradas pela pandemia seguem fortes para a data, como Móveis, Brinquedos, Games e Imóveis. Por outro lado, passagens aéreas, serviços financeiros e planos de celular são as que mais perdem relevância neste ano. 

As buscas no Google também apontam para um comportamento de espera para a compra na Black Friday para Celulares e Eletrodomésticos, que estão com interesse mais elevado que seu histórico, mas ainda abaixo do pico da última Black Friday. Já Informática e Móveis, que passaram por forte aceleração durante a pandemia e registraram buscas no Google acima dos patamares da Black Friday de 2019, devem continuar fazendo parte das necessidades e desejos do consumidor.

Lojas físicas vs. Comércio eletrônico

Ao chegar no Brasil, a Black Friday começou com grande força nas vendas pela internet, embora nos últimos anos tenha ganhado grande relevância nos meios físicos. Em 2019, pela primeira vez as compras feitas nas lojas físicas se igualaram às feitas virtualmente, segundo uma pesquisa feita pelo Google.

Já este ano, a nova edição da pesquisa aponta para uma volta aos canais digitais. Cerca de 40% dos consumidores irão comprar exclusivamente no digital, um aumento de 7% em relação à 2019, indicando que os consumidores que ainda não se sentem seguros para comprar nas lojas físicas devem migrar para o e-commerce. Já a porcentagem dos consumidores exclusivos das lojas físicas se mantém estável (26% neste ano e 27% em 2019). 

Aqueles que pretendem compram em ambos os canais representam 34% dos consumidores, uma queda em relação aos 40% no ano passado - na edição de 2019, os consumidores omnicanal haviam sido os mais presentes. 

Independente do canal de compra, 82% dos brasileiros vão pesquisar on-line antes de comprar. E as buscas já começaram para 41% dos consumidores, um número que sobe para 62% quando somados aqueles que declaram começar as pesquisas cerca de um mês antes da data. Entre as categorias, passagens, pacotes de internet, serviços financeiros e games se destacam por sua forte presença on-line. Por outro lado, alimentos e bebidas, veículos e moda terão maior relevância no off-line.

Os aplicativos de varejistas têm ganhado cada vez mais importância dentro da jornada de compra: 70% já possuem o aplicativo da loja preferida no seu smartphone. Além disso, oito em cada 10 declaram que o usam como fonte de consulta e 64% também concluem as compras nos apps além de fazer consultas. Entre os que vão comprar on-line na Black Friday, 59% pretende comprar via aplicativos.

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