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BHP: acordo da Samarco e autoridades cria ambiente estável para reparações

Acordo assinado entre a Samarco, BHP Billiton, Vale, MP e órgãos dos governos federal, do ES e de MG, extinguiu ação de 20 bi de reais contra as companhias

Samarco: empresa prevê obter em 2019 todas as licenças necessárias para retomar sua produção de minério de ferro em Mariana (MG) (Washington Alves/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 18h28.

São Paulo - A homologação na véspera pela Justiça de acordo entre Samarco e autoridades sobre modelo de governança para a reparação dos atingidos por rompimento de barragem da empresa em Mariana (MG), há quase três anos, cria um ambiente mais estável para o trabalho e as negociações em andamento, disse à Reuters executivo da BHP Billiton, uma das donas da mineradora.

O acordo, assinado em 25 de junho entre a Samarco e suas acionistas ( BHP Billiton e Vale), Ministério Público e órgãos dos governos federal, do Espírito Santo e de Minas Gerais, extinguiu uma ação de 20 bilhões de reais movida contra as companhias.

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O objetivo do acordo foi ampliar a participação das pessoas atingidas no processo de reparação dos impactos decorrentes do colapso da estrutura, que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, até o mar no Estado do Espírito Santo.

Em entrevista à Reuters nesta quinta-feira, o presidente das joint ventures não operadas da BHP Billiton, Bryan Quinn, afirmou que a medida foi "um passo muito importante que mantém a continuidade e a legitimidade dos esforços de compensação e remediação", além de reforçar a participação das comunidades impactadas no processo e na governança em relação à remediação e à remuneração.

"O acordo de governança cria um ambiente legal e institucional mais estável para o trabalho e as negociações em andamento", afirmou.

A Samarco prevê obter em 2019 todas as licenças necessárias para retomar sua produção de minério de ferro em Mariana (MG), onde uma de suas barragens de rejeitos se rompeu, causando a paralisação de suas atividades desde novembro de 2015, informou a empresa em nota à Reuters na terça-feira.

O executivo ponderou, no entanto, que ainda há muito trabalho a fazer e um longo caminho a percorrer em muitas frentes.

"Agora temos mais interessados envolvidos do que no passado, o que é positivo, mas também significa que a atividade nem sempre se move tão rapidamente quanto gostaríamos. É um processo complexo, envolvendo dimensões técnicas, legais, sociais e políticas", disse.

Quinn reiterou ainda que a BHP continua a apoiar a Renova, instituição independente criada para reparar danos causados pelo rompimento da barragem, que tem recebido recursos das sócias.

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