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BB aposta no Banco Postal para elevar ganho com tarifas

No primeiro semestre, as receitas com tarifas do BB totalizaram R$ 11,909 bilhões, aumento de 5,3% em um ano

Banco do Brasil: despesas com provisões a devedores duvidosos foram de R$ 4,570 bi no 2º trimestre (Adriano Machado/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 15h15.

São Paulo - O Banco do Brasil tem expectativa "muito positiva" em relação ao crescimento das receitas com tarifas em 2015, segundo Ivan Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores da instituição.

Sustentam a visão do banco, conforme ele, a estratégia de atuação junto ao Banco Postal, de alargamento e melhor aproveitamento da base, recuperação gradual dos ganhos no mercado de capitais e ainda o impulso vindo de seguros e cartões.

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"Nosso objetivo é crescer o conjunto de tarifas ampliando a base que costumamos fazer negócios regularmente por meio do banco Postal. Além disso, tivemos um semestre não muito positivo no mercado de capitais e esperamos recuperação gradual no segundo semestre ou em 2015", disse Monteiro, em teleconferência com analistas e investidores, nesta sexta-feira, 15, sem revelar o quanto espera de alta das rendas em 2015.

No primeiro semestre, as receitas com tarifas do BB totalizaram R$ 11,909 bilhões, aumento de 5,3% em um ano.

A expansão ficou bem abaixo do intervalo projetado pelo banco para este ano e fez a instituição revisar para baixo seu guidance.

A expectativa para rendas de tarifas recuou de uma faixa de avanço de 9% a 12% neste ano para 6% a 9%.

Monteiro, do BB, explicou ontem, em coletiva de imprensa, que a revisão é reflexo dos menores ganhos com mercado de capitais, que não foi "positivo para o setor como um todo", e ainda uma política mais transparente na cobrança de tarifas de conta corrente que contribuem para menos reclamações por parte dos clientes.

Inadimplência

O Banco do Brasil espera que seu índice de inadimplência, considerando os atrasos acima de 90 dias, permaneça estável nos próximos trimestres, segundo Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores da instituição.

De abril a junho, o indicador teve leve piora, com alta de 0,02 ponto porcentual ante o trimestre anterior, para 1,99%.

Apesar das várias perguntas de analistas durante teleconferência quanto à qualidade dos ativos, Monteiro reforçou que a carteira do BB é constituída para perseguir inadimplência sob controle e resiliente em qualquer cenário do ponto de vista macroeconômico.

"Temos quatro conflitos ao redor do mundo e o impacto é muito grande no comércio internacional com reflexo em economias importantes como o Brasil, mas a formação da nossa carteira é para que a inadimplência fique resiliente em ambientes de menor ou maior volatilidade", explicou ele.

De acordo com Monteiro, o BB vai perseguir a estabilidade da inadimplência que vem se comportamento abaixo do índice do sistema, que segundo o banco, é de 3%.

Ele lembrou ainda que o banco tem dado ênfase na política de recuperação de crédito à vista em detrimento da parcelada.

No segundo trimestre, as despesas com provisões para devedores duvidosos do Banco do Brasil, chamadas de PCLD pela instituição, totalizaram R$ 4,570 bilhões no segundo trimestre, montante 8,3% maior que o visto em um ano, de R$ 4,219 bilhões.

Na comparação trimestral o aumento chegou a 9,2%. O saldo de provisão para devedores somou R$ 24,797 bilhões no segundo trimestre, aumento de 3,0% ante os três meses imediatamente anteriores. Em um ano, a cifra teve alta de 14,6%.

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