Sede da Bayer: empresa é acusada de não avisar dos riscos do medicamento (John Macdougall/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 15h17.
Washington - O grupo farmacêutico alemão Bayer enfrenta uma ação nos Estados Unidos pela morte de uma adolescente por um coágulo supostamente vinculado ao anticoncepcional YAZ.
Michelle Pfleger, uma estudante universitária de 18 anos da Carolina do Norte, morreu vítima de uma parada cardíaca em setembro depois de tomar YAZ, também conhecido como Yasmin ou Ocella, para tratar de acne, segundo a ação apresentada na terça-feira.
"Um dia era uma estudante de primeiro ano da universidade cheia de esperanças e no ano seguinte já não está aqui", disse a mãe de Pfleger, Joan Cummins.
"Só espero que, tornando público o que aconteceu com Michelle, eu possa evitar que outra família tenha que passar por isto".
A advogada da família, Wendy Fleishman, qualificou o YAZ como "um perigoso medicamento com receita vendido sem as advertências adequadas sobre os riscos de danos graves e mortais" envolvidos.
"A Bayer não advertiu médicos e pacientes que o YAZ traz um maior risco de efeitos secundários graves em relação às gerações anteriores de anticoncepcionais orais", acrescentou.
No mês passado, dois estudos publicados no British Medical Journal indicaram que medicamentos como YAZ e Yasmin - que contêm o hormônio drospirenona - duplicam ou triplicam o risco de coágulos sanguíneos graves em relação aos anticoncepcionais orais de gerações anteriores.
A Bayer criticou os resultados destes estudos, insistindo que os efeitos adversos eram pouco frequentes.
O site oficial do YAZ afirma que o medicamento se associa a "um maior risco de vários efeitos secundários graves, como coágulos de sangue, derrame cerebral e ataque cardíaco".