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Bava diz que não se intimida com chantagem da Telefónica

CEO da Portugal Telecom pede o afastamento de Santiago Valbuena, vice financeiro da espanhola, do conselho de administração de sua empresa

Zeinal Bava, CEO da Portugal Telecom, rebateu a decisão do vice financeiro da Telefónica de não descartar uma oferta hostil à fatia da portuguesa na Vivo (Divulgação)

Zeinal Bava, CEO da Portugal Telecom, rebateu a decisão do vice financeiro da Telefónica de não descartar uma oferta hostil à fatia da portuguesa na Vivo (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Lisboa - A Portugal Telecom, que rejeitou vender sua participação na Vivo à Telefónica, não se intimida com a "inaceitável chantagem" da companhia espanhola e considera que o vice-presidente financeiro da sócia ibérica tem de se afastar do conselho de administração da tele portuguesa, afirmou o presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava.

O vice-presidente financeiro da Telefónica, Santiago Fernandez Valbuena, disse ao Financial Times que a espanhola mantém em aberto a opção de lançar uma oferta de aquisição hostil sobre a Portugal Telecom, se o grupo espanhol não conseguir persuadir a empresa a vender sua fatia na Vivo.

Valbuena disse que a Telefónica pode bloquear o acesso da Portugal Telecom aos dividendos da joint venture brasileira. "A tentativa de chantagem sobre a distribuição de dividendos da Vivo não nos intimida e é inaceitável", disse Bava.

"Por uma questão de coerência, depois das declarações que o vice de finanças da Telefónica fez, resta a ele demitir-se do conselho de administração da Portugal Telecom porque descumpriu deveres de lealdade para com a Portugal Telecom e além de ter conflito de interesse", acrescentou o executivo da tele portuguesa, que está nos Estados Unidos.

Em 11 de maio, o conselho de administração da Portugal Telecom rejeitou oferta de 5,7 bilhões de euros da Telefónica para a comprar dos 50 por cento que a empresa tem na Brasilcel, que controla cerca de 60 por cento da Vivo.

A Telefónica, que é o maior acionista da Portugal Telecom com 10 por cento do capital, tem os restantes 50 por cento da Brasilcel. "A decisão unânime que tomamos sobre a oferta da Telefónica é uma defesa intransigente dos interesses da Portugal Telecom e do nosso foco de criação de valor ao acionista", disse Bava. "Entendo que a decisão que tomamos não agrade ao vice financeiro da Telefónica", acrescentou.

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