A nova linha de baterias grandes e empilháveis da Tesla para residências e empresas começou fazendo barulho.
As reservas reportadas pela empresa na primeira semana estão avaliadas em aproximadamente US$ 800 milhões, segundo números compilados pela Bloomberg Business.
Se a Tesla converter nem que seja uma fração dessas reservas em vendas concretas, o lançamento das baterias poderia se transformar em um dos maiores da história para uma nova categoria de produto.
O valor estimado das reservas de baterias da Tesla pode ser comparado com o de três outros produtos inovadores em suas épocas: o iPhone original, lançado em 2007; a estreia do Viagra, em 1998, e a introdução do carro movido a bateria Tesla Model S, em 2012.
O iPhone superou US$ 1 bilhão em vendas durante o seu terceiro trimestre no mercado, enquanto o Viagra e o Model S precisaram de um pouco mais de tempo.
A nova linha de baterias para armazenagem é desenvolvida para estender a energia solar para o horário noturno e economizar o dinheiro das empresas com suas contas de luz durante os caros horários de pico.
Qualquer comparação das baterias com smartphones e pílulas para a ereção, óbvio, é apenas uma interpretação.
A maior parte das receitas da Tesla com baterias virá das empresas distribuidoras de energia e não dos consumidores que esgotaram o iPhone e o Viagra.
O preço das novas baterias é, também, muito mais elevado.
As unidades Powerwall da Tesla, desenvolvidas para usuários domésticos, custam US$ 3.000 a US$ 3.500 cada uma, sem incluir a instalação, enquanto as baterias comerciais são vendidas em blocos incrementais de aproximadamente US$ 25.000.
A Tesla nem mesmo definiu o que se qualifica como uma “reserva” no momento.
Dos US$ 800 milhões em reservas da primeira semana, quase US$ 625 milhões vieram de empresas e distribuidoras de energia, cujas transações têm mais probabilidade de serem concluídas.
As reservas restantes, de usuários domésticos, são algo próximo a uma manifestação de interesse realizada por meio de um sistema de reservas on-line sem a exigência de condições.
Ganho de escala
Além disso, será muito mais difícil ampliar a escala da fabricação das baterias gigantes em relação à pequena pílula azul da Pfizer, que preenchia 46.000 prescrições por dia no final do primeiro mês no mercado.
A Tesla começará a entregar as baterias apenas no quarto trimestre e elas já estão esgotadas até meados de 2016.
Contudo, alcançar US$ 1 bilhão em interesse apenas alguns dias depois de lançar um produto inovador, é uma conquista significativa.
A Tesla precisará da receita proveniente das baterias o quanto antes: a empresa está queimando dinheiro para investir no SUV elétrico Model X, que deverá sair no final deste ano, no Model 3, um modelo mais acessivo programado para chegar em 2017, e em uma fábrica de baterias de US$ 5 bilhões para alimentar tudo isso.
Em uma conferência com analistas, na semana passada, o CEO da Tesla, Elon Musk, não descartou a possibilidade de que a divisão de baterias algum dia supere as receitas dos carros elétricos.
“Nós esquecemos muito facilmente que a Tesla é muito mais do que o Model S, simplesmente”, disse o analista do Morgan Stanley Adam Jonas em uma nota a investidores, na segunda-feira.
“Na semana passada, mais amigos, colegas, clientes e parentes me perguntaram sobre as virtudes do produto residencial Powerwall para uso doméstico pessoal do que a respeito de qualquer veículo fabricado por qualquer empresa automotiva que eu cobri em 18 anos como analista automotivo”.
Os produtos de armazenagem de eletricidade não são novos. Mas o preço, a força e a embalagem da Tesla destacam essas baterias de uma forma que lembra a diferença entre o primeiro iPhone e os smartphones que vieram antes dele.
Agora Musk trouxe um interesse público do nível dos lançamentos da Apple para algo que é, essencialmente, um produto de infraestrutura, mas com potencial para transformar a maneira em que as redes elétricas são gerenciadas e a velocidade de adoção da energia solar.
O próximo grande desafio será transformar esse interesse em receita contábil para a Tesla.
2. 10. Motorola 2 /12(Divulgação/Motorola)
“Por continuar inovando, mesmo fora dos holofotes”, é assim que a Fast Company define a Motorola. Mesmo após a compra pelo Google e depois pela chinesa Lenovo, a Motorola não se intimidou e continuou inovando. A linha de hardware que a empresa tem apresentado é consistente. Desde o Moto 360, seu relógio inteligente, até smartphones como o Moto X e G (que conquistou o Brasil), são citados pela publicação.
3. 9. Silent Circle 3 /12(Bloomberg)
Um debate que ganha cada vez mais espaço na sociedade é sobre privacidade. A Silent Circle foi uma das empresas a focar nessa questão com o lançamento do Blackphone, um smartphone que tem como foco a segurança das informações pessoais dos seus usuários. Para isso, a empresa aposta em software. Eles usam programas à prova de espiões para assegurar ligações e troca de mensagens criptografadas. “O Blackphone dá a mais alta segurança possível a seus consumidores e isso é algo em que muita gente está interessada”, escreve a Fast Company.
4. 8. Samsung 4 /12(Reprodução de EXAME.com)
“Por aprender com seus erros”, a Samsung entrou na lista da Fast Company. “É claro que a Samsung é muito mais do que smartphones – em uma era cheia de novidades, dispositivos das internet das coisas conectados a nossos corpos e nossas casas, isso pode importar muito mais em longo prazo”, completa. A publicação fala desde as geladeiras e máquinas de lavar louças conectadas, até o trabalho da empresa com o lançamento de diversos relógios inteligentes.
5. 7. MakeSpace 5 /12(Divulgação/MakeSpace)
A MakeSpace vem sendo chamada de Dropbox do mundo real. Com o pagamento de uma mensalidade de 25 dólares, o assinante ganha o direito a estocar o conteúdo de quatro grandes caixas. As caixas são entregues e retiradas sem custos adicionais. O conteúdo delas é catalogado e pode ser consultado com um app ou no site do serviço. A qualquer momento, o assinante pode pedir para que itens sejam enviados à sua casa. O serviço funciona somente em Nova York, mas deve crescer nos próximos anos.
6. 6. Microsoft 6 /12(Luísa Melo/EXAME.com)
“Por nunca ter medo de uma briga. E por escolher uma das grandes”, é assim que a Fast Company explica a presença da Microsoft na lista de empresas de eletrônicos mais inovadoras. Entre os eletrônicos ressaltados está o Surface Pro 3, o tablet da empresa que compete ao mesmo tempo com dois gigantes: o iPad e o MacBook Air. A Fast Company ainda relembra outros produtos recentes como o Xbox One e os óculos de realidade virtual, HoloLens.
7. 5. GoPro 7 /12(Divulgação/GoPro)
Por transformar um equipamento que era de nicho em um produto de consumo em massa, a GoPro ganhou a quinta colocação. A publicação fala sobre os avanços tecnológicos da GoPro. Além de configurações que não param de melhorar, a GoPro ganhou recentemente a capacidade de fazer transmissão de vídeos ao vivo. Outro ponto que a Fast Company ressalta sobre a GoPro é o marketing agressivo e eficaz da companhia.
8. 4. Fuhu 8 /12(Divulgação/Fuhu)
Em quarto lugar vem a Fuhu. A empresa vem ganhando muito espaço nos Estados Unidos fabricando tablets (como o Nabi) e eletrônicos voltados ao público infantil. De acordo com a Fast Company, a Fuhu é a empresa privada com maior ritmo de crescimento. Em três anos, a empresa cresceu 160.000%.
9. 3. DJI 9 /12(Divulgação/DJI)
Quantos vídeos feitos usando drones você viu em 2014? Sim, uma porção deles. Por conta disso, a Fast Company elegeu a chinesa DJI (ou Da-Jiang Innovations) como a terceira maior inovadora no campo dos eletrônicos. Eles foram um dos grandes responsáveis por permitir que isso acontecesse com seus drones para filmagem de baixo custo. A revista define a DJI como a empresa de drones que mais cresceu no mundo nos últimos três anos.
10. 2. Tesla 10 /12(Divulgação/Tesla Motors)
"A Tesla continua sendo a fabricante de carros elétricos dominante e mais animadora do país", escreve a Fast Company sobre a empresa do bilionário Elon Musk. 2014 foi um ano cheio para a Tesla. Uma das maiores surpresas foi a atitude de Musk de abrir todas as patentes da empresa para que os carros elétricos possam se popularizar.
11. 1. Google 11 /12(Mark Wilson/Getty Images)
Em primeira colocação ficou o Google. A Fast Company exalta o laptop pensado pela empresa, o Chromebook. Em seu lançamento em junho de 2011, ele foi tratado como algo que daria errado. Um notebook com configurações básicas e que funcionava com apenas um navegador. Apenas em 2014, o número de Chromebooks vendidos aumentou em mais de cinco milhões de unidades. Eles fazem sucesso desde países em desenvolvimento até as salas de aulas de escolas americanas. Ponto para o Google.
12. Agora, veja os eletrônicos mais legais mostrados na CES 2015 12 /12(REUTERS/Steve Marcus)