Banco do Brasil: a carteira de crédito ampliada do BB atingiu R$ 686,7 bilhões (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de novembro de 2019 às 09h33.
Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 10h38.
São Paulo — O Banco do Brasil apresentou lucro líquido ajustado de R$ 4,543 bilhões no terceiro trimestre, cifra 33,5% maior que a registrada um ano antes, de R$ 3,402 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, a alta foi de 2,5%.
O resultado do BB no terceiro trimestre foi impulsionado, conforme informa em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, por maiores margens financeiras e ainda redução de imposto de renda e contribuição social. Maiores receitas com tarifas e despesas sob controle também beneficiaram o desempenho do banco neste período.
No acumulado de 2019, o lucro líquido ajustado do BB foi a R$ 13,222 bilhões, incremento de 36,8% ante mesmo intervalo do exercício passado. Com tal desempenho, o banco optou por revisar para cima sua projeção. Espera, com isso, que seu resultado varie de R$ 16,5 bilhões a R$ 18,5 bilhões neste ano ante faixa anterior de R$ 14,5 bilhões a R$ 17,5 bilhões.
Outra linha de projeções que foi revisada foi a de crédito rural. Antes, a expectativa era de alta de 3% a 6%, sendo que o resultado nos nove primeiros meses foi de alta de apenas 0,8%. Portanto, a nova faixa esperada é de 0,5% a 3%.
A carteira de crédito ampliada do BB atingiu R$ 686,7 bilhões de julho a setembro, estável em relação aos três meses anteriores. Em um ano, os empréstimos da instituição apresentaram leve queda de 0,7%.
O destaque na carteira classificada do banco foi o segmento de pessoas físicas, com aumento de 2,4% no terceiro trimestre ante o segundo e de 9,1% em um ano. Crédito para empresas, porém, amargou quedas de 1,4% e 7,4%, respectivamente.
O patrimônio líquido do banco foi a R$ 105,897 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,0% ante um ano e de 3,9% em relação ao segundo trimestre. A rentabilidade do BB no critério mercado (RSPL) foi a 18,0% no terceiro trimestre, melhora de 0,4 ponto porcentual ante o segundo. Em um ano, o indicador teve alta de 4,4%. No conceito ajustado, o retorno do banco ficou estável em 15,0% no terceiro trimestre em relação ao segundo. Em um ano, melhorou 2,7 p.p.
Ao fim de setembro, o BB somava R$ 1,497 trilhão em ativos totais, elevação de 1,8% na comparação com o montante visto um ano antes. Na comparação com junho, porém, representou queda de 2,9%.
O Banco do Brasil comenta seus resultados do terceiro trimestre em coletiva de imprensa, às 10h, na sede da instituição, em São Paulo. Na sequência, ao lado dos executivos do UBS, dará maiores detalhes da joint venture selada ontem, em caráter vinculante, com o banco suíço.