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Banco do Brasil agora quer status de banco global

Empresa considera uma possível joint-venture com um sócio estrangeiro na área de banco de investimento e planos de expansão na América Latina que podem incluir o México

"A meta do BB é ser um banco global no médio prazo", disse o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2012 às 18h52.

São Paulo - O Banco do Brasil está preparando uma guinada em seu projeto de internacionalização, com o objetivo de marcar posição como uma marca financeira global nos próximos anos.

A ofensiva considera planos de expansão mais abrangentes na América Latina, podendo incluir o México, alternativas para entrada na África e uma possível joint-venture com um sócio estrangeiro na área de banco de investimento.

"A meta do BB é ser um banco global no médio prazo", disse nesta quarta-feira à Reuters o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli. "Vamos ser a Petrobras financeira." O banco estatal deflagrou a campanha de expansão no exterior após a crise de 2008, comprando em 2010 o controle do Banco Patagônia, da Argentina, e adquirindo o Eurobank, há um ano, nos Estados Unidos, onde pretende ter 400 mil clientes.

Além dos alvos já revelados pela instituição em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Chile, o banco também enxerga possibilidades de atuação mais ampla, estendendo para toda a América Latina, incluindo o México, segundo o executivo.

"Nosso foco é em países com perfil de expansão parecida com a do Brasil", disse Caffarelli. Devido a essa orientação, planos de entrar no varejo bancário da Europa, estão fora do radar.

Fora da América Latina, o próximo destino para ter operações de varejo é a África. Mas o banco estuda alternativas ao acordo anunciado em agosto de 2010, que previa uma joint venture com Bradesco e o português Banco Espírito Santo.

"Podemos entrar sozinhos ou com outro sócio", disse.

Banco de investimento

No caso do braço de banco de investimento, a expansão tende a vir necessariamente por meio de parceria, devido a regras estatutárias que inviabilizam o BB como controlador de um negócio nesse segmento.

O interesse em fortalecer esse segmento tem a ver com a tendência de queda da taxa de juro de longo prazo no Brasil, o que deve fortalecer a demanda de investidores por instrumentos de mercado de capitais.


Recentemente, o BB transferiu esse segmento da vice-presidência de Finanças para a área internacional chefiada por Caffarelli desde dezembro.

Caffarelli, antes vice-presidente da área de Varejo, é forte aliado do presidente do BB, Aldemir Bendine, que está no posto há três anos e, segundo fontes do setor é forte candidato a sucedê-lo no banco.

"O BB quer ser um protagonista em banco de investimentos e, por isso, revisitou sua estratégia no setor, para ganhar mais agilidade." Atualmente, Itaú BBA (do Itaú Unibanco), BTG Pactual e BBI (do Bradesco) são as grandes instituições domésticas nesse mercado, deixando para trás o BB, que é o maior banco de varejo do país.

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São Paulo - O Banco do Brasil está preparando uma guinada em seu projeto de internacionalização, com o objetivo de marcar posição como uma marca financeira global nos próximos anos.

A ofensiva considera planos de expansão mais abrangentes na América Latina, podendo incluir o México, alternativas para entrada na África e uma possível joint-venture com um sócio estrangeiro na área de banco de investimento.

"A meta do BB é ser um banco global no médio prazo", disse nesta quarta-feira à Reuters o vice-presidente de Atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do BB, Paulo Rogério Caffarelli. "Vamos ser a Petrobras financeira." O banco estatal deflagrou a campanha de expansão no exterior após a crise de 2008, comprando em 2010 o controle do Banco Patagônia, da Argentina, e adquirindo o Eurobank, há um ano, nos Estados Unidos, onde pretende ter 400 mil clientes.

Além dos alvos já revelados pela instituição em países vizinhos, como Colômbia, Peru e Chile, o banco também enxerga possibilidades de atuação mais ampla, estendendo para toda a América Latina, incluindo o México, segundo o executivo.

"Nosso foco é em países com perfil de expansão parecida com a do Brasil", disse Caffarelli. Devido a essa orientação, planos de entrar no varejo bancário da Europa, estão fora do radar.

Fora da América Latina, o próximo destino para ter operações de varejo é a África. Mas o banco estuda alternativas ao acordo anunciado em agosto de 2010, que previa uma joint venture com Bradesco e o português Banco Espírito Santo.

"Podemos entrar sozinhos ou com outro sócio", disse.

Banco de investimento

No caso do braço de banco de investimento, a expansão tende a vir necessariamente por meio de parceria, devido a regras estatutárias que inviabilizam o BB como controlador de um negócio nesse segmento.

O interesse em fortalecer esse segmento tem a ver com a tendência de queda da taxa de juro de longo prazo no Brasil, o que deve fortalecer a demanda de investidores por instrumentos de mercado de capitais.


Recentemente, o BB transferiu esse segmento da vice-presidência de Finanças para a área internacional chefiada por Caffarelli desde dezembro.

Caffarelli, antes vice-presidente da área de Varejo, é forte aliado do presidente do BB, Aldemir Bendine, que está no posto há três anos e, segundo fontes do setor é forte candidato a sucedê-lo no banco.

"O BB quer ser um protagonista em banco de investimentos e, por isso, revisitou sua estratégia no setor, para ganhar mais agilidade." Atualmente, Itaú BBA (do Itaú Unibanco), BTG Pactual e BBI (do Bradesco) são as grandes instituições domésticas nesse mercado, deixando para trás o BB, que é o maior banco de varejo do país.

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