Exame Logo

B2W e Americanas devem confirmar recuperação do varejo

Ação da B2W subiu 29% nas últimas quatros semanas, puxada pelo otimismo dos investidores com a eleição de Jair Bolsonaro

Compra na Rede Americanas: faz só pouco mais de um ano que B2W e sua controladora começaram a integrar operações físicas e online (Alexandre Battibugli/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 06h02.

Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 15h16.

A loja online B2W e sua controladora Lojas Americanas devem divulgar, hoje, resultados referentes ao terceiro trimestre do ano que os analistas de mercado projetam entre os melhores do setor de varejo .

De forma geral, o período de julho a setembro foi de recuperação para esse segmento, um dos que mais sofreram com a greve dos caminhoneiros em maio. A maior disponibilidade de crédito na economia com a redução da taxa de juros no início deste ano – a Selic passou de 7% em dezembro para 6,5% em março – está ajudando na retomada. Itens mais caros, como telefones celulares e eletroeletrônicos, frequentemente comprados em parcelas, têm ganhado cada vez mais importância no balanço das varejistas.

Veja também

Assim, o banco de investimentos BTG Pactual estima que a receita bruta das Lojas Americanas cresceu 9,9% no terceiro trimestre de 2018 ante igual período de 2017, para 2,4 bilhões de reais, enquanto o EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 8,9%, para 513 milhões de reais. Na B2W, as vendas devem ter aumentado 1%, para 1,56 bilhão de reais, com elevação de 13% no EBITDA, para 119 milhões de reais. A média do setor no período deve ter sido de alta de 13% para as vendas e 4% para o EBITDA, de acordo com os cálculos do banco. “Com o aumento das vendas em seu marketplace, a B2W segue no caminho da recuperação em termos de rentabilidade e fluxo de caixa”, Fabio Monteiro e Luiz Guanais, analistas do BTG, escreveram em relatório a clientes.

O otimismo com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência da República, devido em grande parte à agenda liberal de seu anunciado ministro da área econômica Paulo Guedes, e uma esperada aceleração da atividade devem impulsionar os resultados da B2W e das Lojas Americanas nos próximos trimestres. “O setor de venda online ainda é muito subpenetrado no Brasil, então uma potencial recuperação da atividade no Brasil seria benéfica para o setor que já está em crescimento. B2W é nossa ação favorita no setor”, Karel Luketic, estrategista da corretora XP Investimentos, escreveu em relatório a clientes.

Para o Bradesco, as medidas do novo governo devem impulsionar o emprego e elevar a confiança do consumidor, de forma a prolongar o bom momento para as varejistas. “O mercado já começou a precificar um cenário mais otimista para o setor. O segmento subiu 15% nas últimas quatro semanas, enquanto o Ibovespa (principal índice acionário da bolsa brasileira) avançou 9%”, Richard Cathcart e Helena Villares, analistas do banco, escreveram em relatório a clientes.

Nesse período, a ação da B2W ganhou 29%, sendo 9% apenas ontem, quando fechou cotada a 35,19 reais. O papel das Lojas Americanas subiu 15%, para 18,32 reais em um mês.

Acompanhe tudo sobre:AmericanasB2WBTG PactualExame HojeJair BolsonaroPaulo GuedesVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame