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Azimut quer dobrar gestão de riquezas no Brasil para R$ 4 bi

Parte do plano de expansão do grupo no país envolve diversificação geográfica, com foco nas principais capitais do país

Investimento: as aquisições fazem parte da estratégia da instituição de ser líder entre as gestoras de recursos não ligadas a bancos no país (iStock/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 3 de março de 2017 às 15h00.

A Azimut, maior gestora independente de recursos da Itália , prevê quase dobrar o volume na área de gestão de riquezas no Brasil neste ano, com um misto de crescimento orgânico e aquisições, disse um executivo do grupo à Reuters.

"Vamos seguir agressivos neste ano, tanto em crescimento orgânico quanto em aquisições", disse o presidente-executivo de wealth management da Azimut Brasil, Antonio Costa. "Nossa meta é fechar o ano com cerca de 4 bilhões de reais."

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Parte do plano de expansão do grupo no país envolve diversificação geográfica, com foco nas capitais Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Recife e Salvador, disse ele.

Veterano do mercado de bancos de investimento, com passagens por Merrill Lynch, Banco Garantia e Credit Suisse, Costa chegou à Azimut em outubro de 2015, para estruturar a divisão de grandes fortunas do grupo italiano no país, para investidores com mais de 1 milhão de reais disponíveis.

Desde então, O braço de wealth management da Azimut, que nasceu no Brasil da união da AZ FuturaInvest com a AZ LFI com uma combinação de expansão orgânica e aquisições, triplicou para os 2,2 bilhões de reais atuais o volume de recursos sob gestão.

As aquisições fazem parte da estratégia da instituição de ser líder entre as gestoras de recursos não ligadas a bancos no país até 2020, ano em que as divisões de gestão de riquezas e ade fundos, serão consolidadas numa estrutura unificada.

Com parte desse plano, a Azimut estuda opções para atender clientes de faixas de renda menores, disse o executivo. Hoje, a área comandada por Costa atende investidores com patrimônio financeiro a partir de 500 mil reais.

Para isso, além de estender a plataforma aberta, divisão que distribui produtos de casas conhecidas do mercado, como Credit Suisse; Adam Capital, de Márcio Appel; e o Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, a Azimut estuda parcerias com fintechs, disse Costa.

As declarações surgem no momento em que a indústria brasileira de gestão de recursos mostra sinais de recuperação, após anos de baixa captação líquida, na esteira da baixa atividade econômica do país.

Segundo a Anbima, a captação líquida dos fundos no Brasil cresceu 30 vezes no ano passado em relação a 2015, no melhor resultado da indústria em pelo menos quatro anos.

Costa avalia que o momento é oportuno para a Azimut se aproveitar da crescente procura dos investidores de maior renda no país por gestores não ligados a bancos.

"Somos independentes, mas ao mesmo tempo uma instituição internacional com um nome respeitado", disse o executivo. "Acho que temos a melhor combinação possível."

Fundada em 1989, a Azimut cresceu na Itália na esteira de uma séria crise bancária que afetou grandes instituições financeiras locais. Atualmente, administra cerca de 45 bilhões de euros globalmente. Sua estrutura de controle inclui mais de mil gestores. O fundador do grupo, Pietro Giuliani, tem cerca de 2 por cento do capital.

O grupo chegou ao Brasil em 2009. Desde então, as aquisições incluíram nomes como Legan, FuturaInvest. Em 2013, comprou 60 por cento da Quest Investimentos, fundada pelo ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros, responsável pela área de fundos do grupo. Em julho passado, a Azimut adquiriu o controle da BRZ Gestão de Patrimônio pelo equivalente a 1,1 milhão de euros.

Com cerca de 7 bilhões de reais administrados somando as áreas de fundos e de gestão de riquezas, o Brasil é o segundo maior mercado da Azimut em recursos administrados, só atrás da Austrália, outro país onde a instituição também tem se expandido a reboque de aquisições de gestoras independentes.

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