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Avianca Brasil aposta em viagens de negócio para lucrar

O objetivo é atrair clientes dispostos a pagar tarifas mais altas oferecendo refeições gratuitas e benefícios como poltronas espaçosas

Avianca: a estratégia está ajudando a empresa a suportar a desaceleração da demanda de passageiros depois da Copa (Wikicommons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 21h15.

São Paulo - A Avianca Brasil , a quarta maior companhia aérea do país, deve obter lucros no próximo ano depois de aumentar sua capacidade e de cortejar os passageiros que viajam a negócios, disse o CEO José Efromovich.

A operadora está substituindo os aviões Fokker 100 por modelos maiores da Airbus Group NV como parte de um plano de recuperação de seis anos da empresa de capital fechado.

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O objetivo é atrair clientes dispostos a pagar tarifas mais altas oferecendo refeições gratuitas e benefícios como poltronas espaçosas.

Essa estratégia está ajudando a Avianca Brasil a suportar a desaceleração da demanda de passageiros depois que a Copa, ocorrida em junho e julho, diminuiu a quantidade de viagens corporativas.

Anteontem, os economistas reduziram as projeções de crescimento para este ano e para o ano que vem. O maior país da América do Sul está lutando para sair de uma recessão.

“Nossa ideia é terminar 2014 em equilíbrio, apesar de este ano ter sido difícil porque a Copa contraiu as viagens corporativas e porque a atividade econômica está desacelerando”, disse Efromovich em entrevista por telefone no dia 11 de setembro. “Apesar de tudo isso, estamos tentando”.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização serão positivos em 2014 pelo segundo ano consecutivo, disse Efromovich. A incerteza em relação à demanda deve se tornar mais clara depois da eleição presidencial em outubro.

“Estamos esperando que a eleição acabe e que o mercado volte ao normal para ajustar nossos planos com uma perspectiva mais estável”, disse ele. “Para 2015, nosso plano é gerar lucros”.

A Avianca Brasil, com sede em São Paulo, tem uma participação de 8,3 por cento no mercado doméstico e pode estar sujeita a uma fusão ou aquisição, disse David Neeleman, CEO da concorrente Azul Linhas Aéreas Brasileiras SA, em entrevista na sede da Bloomberg em Nova York, no dia 11 de setembro. A Azul tem uma participação de 17 por cento no mercado, de acordo com a Anac.

“Não estamos à venda”, disse Efromovich. “É verdade que recebemos propostas, mas eu já disse que não estou interessado em vender”.

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