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Autorizada a retirada de combustível de navio da Vale

Ainda não há plano para a retirada da embarcação da Baía de São Marcos, onde está fundeada a 11 quilômetros da capital maranhense

Navio Vale Beijing no porto Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão (Biaman Prado/Reuters)

Navio Vale Beijing no porto Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão (Biaman Prado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 18h22.

São Paulo - A operação de retirada das primeiras 2,5 mil toneladas de óleo diesel e óleo bruto que estão nos tanques de combustível do supercargueiro Vale Beijing foi autorizada pela Capitânia dos Portos do Maranhão. No entanto, ainda não há plano para a retirada da embarcação da Baía de São Marcos, onde está fundeada a 11 quilômetros da capital maranhense.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou o armador da embarcação, a STX Pan Ocean, para lançar um barreira de boias para evitar o alastramento de óleo em caso de vazamento.

Segundo o capitão dos Portos do Maranhão, Nelson Calmon Bahia, uma empresa holandesa especializada em salvamento marítimo foi contratada pelo armador do navio, para fazer a operação. "A Smit que é reconhecida no mercado marítimo e tem representação em São Luís, foi contratada para fazer a operação de salvamento. Como primeira ação eles apresentaram um plano para retirar cerca de 33% das 7,5 mil toneladas de combustível que estão no navio. Este pleno foi autorizado e deve começar amanhã", disse o militar.

De acordo com os documentos apresentados à Marinha, outro navio deve ser acoplado ao costado do Vale Beijing e parte do combustível será drenado dos tanques do supergraneleiro. "A retirada não pode ser total porque se tudo for retirado de uma vez só, a estrutura do navio é colocada em risco. A operação de bombeamento do combustível será parecida com outra que já é feita com segurança pela Petrobras na Baía de São Marcos para abastecer navios", explicou o capitão dos portos do Maranhão.

Calmon informou ainda que, ao contrário do que informava a nota oficial divulga pela STX Pan Ocean na manhã de hoje, nenhum plano para levar o navio para Fortaleza foi apresentado oficialmente à Capitânia dos Portos. "Nada chegou para nós, mas não posso dizer se esta linha de ação está sendo discutida pelos engenheiros da empresa e só posso comentar a possibilidade depois de ver um plano de ação. O navio só deixa a baía de São Marcos com a autorização da Capitânia", completou.


Pela manhã, fiscais do Ibama entregaram uma notificação aos representantes da STX Pan Ocean, ordenando o lançamento de barreiras de boias ao redor do supergraneleiro. Segundo nota distribuída pela Agência Brasil, o Instituto considera a presença do navio "uma ameaça ao meio ambiente, pois o seu casco apresenta danificações, podendo provocar vazamentos no mar".

O superintendente substituto do Ibama no Maranhão, Ricardo Arruda, disse, na nota, que a decisão de notificar os responsáveis pelo navio foi tomada para tentar "preservar a área" de riscos de contaminação por minério de ferro e combustível. "O Ibama pediu o cercamento e o isolamento do navio com essas boias para resguardar a região e também como medida preventiva de segurança", disse.

A STX Pan Ocean tem até a manhã de domingo para cumprir a ordem contida na notificação. Até o fechamento desta reportagem, nenhum indício de vazamento das 7,5 mil toneladas de óleo diesel e óleo bruto ou das 263,4 mil toneladas de minério de ferro que estão a bordo do Vale Beijing havia sido detectada.

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