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Assembleia da Oi volta a ser suspensa

O pedido foi feito pela própria operadora em meio a risco de rejeição pela Anatel, credora de empresa

Oi: em Brasília, a Anatel levou praticamente todo o dia para decidir sua posição sobre o plano de recuperação da empresa (Pilar Olivares/Reuters)
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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 21h55.

Rio de Janeiro - A assembléia de credores da Oi que discute o plano de recuperação judicial da operadora foi suspensa temporariamente pela segunda vez nesta terça-feira diante de discussões de última hora para a redação de mudanças na proposta de reestruturação da companhia e em meio a risco de rejeição pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), credora de empresa.

O pedido de suspensão foi solicitado pela própria operadora e pelos bancos públicos BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Mais cedo, a assembléia aberta às 12h já tinha sido interrompida por cerca de 2 horas e quarenta minutos para que mudanças pudessem ser alinhadas.

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"Houve um pedido de adiamento de três horas para que os credores públicos analisassem a nova documentação, mas disse que três horas é impossível. Queremos concluir a assembléia", disse o administrador judicial da Oi, Arnoldo Wald.

"Estamos trabalhando muito fortemente para analisar recentes modificações e compromissos de investimento que vão ser feitos e que são muito importantes para a sobrevivência (da Oi)", disse um representante do BB que não se identificou durante a assembleia.

O presidente da operadora, Eurico Teles, afirmou que o prazo será importante para a confecção final da redação do texto com as modificações no plano de recuperação judicial da empresa.

"A companhia e os credores negociaram e chegamos a bom termo; estamos um pouco atrasados e acreditamos que o plano que vem aí nós vamos submeter", declarou o executivo.

Porém, em Brasília, a Anatel levou praticamente todo o dia para decidir sua posição sobre o plano de recuperação da empresa. Segundo fontes próximas da autarquia, a agência, que detém cerca de 14 bilhões de reais das dívidas de mais de 65 bilhões da companhia, pretende rejeitar o plano ao não ter recebido respaldo suficiente da Advocacia Geral da União (AGU) para votar à favor.

"A Anatel não queria assumir compromisso nenhum e achava que era um mero executor. Essa é a tese desde o começo. Mas na reta final isso se inverteu e a AGU disse que quem ia decidir era a Anatel", disse uma fonte próxima da agência. "O Juarez (Juarez Quadros, presidente da Anatel) é contra e acha que tem que vetar. Ele é contra porque o plano não tem previsão legal...o que o conselho da Anatel queria era uma posição unânime do governo", acrescentou.

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