As 10 construtoras mais lucrativas das Américas
Brasileiras dominam o ranking de maiores lucros do terceiro trimestre, segundo a Economática
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2010 às 15h46.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h38.
São Paulo - A PDG Realty encerrou o terceiro trimestre como a construtora e incorporadora mais lucrativa da América Latina e Estados Unidos, de acordo com ranking divulgado pela consultoria Economática. Em reais, os ganhos líquidos ajustados cresceram 6%, para 262 milhões. Em dólares, segundo a Economática, isso significou 148,357 milhões. A companhia foi beneficiada por um aumento de 61% na receita líquida, em reais, somando 1,553 bilhão. Seu lucro bruto avançou 53%, para 442 milhões de reais, e seu ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 31%, para 415 milhões de reais.
A MRV viu seu lucro líquido saltar 110,6% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. Em reais, o valor atingiu 216 milhões - o maior já registrado pela companhia. Pelas contas da Economática, isso equivale a 127,510 milhões de dólares, o que a colocou na segunda posição entre as mais lucrativas das Américas. De acordo com relatório da construtora, o desempenho foi impulsionado pelos ganhos operacionais, como um ebitda 114,6% maior no período, e pelos resultados financeiros líquidos. A margem líquida da companhia avançou 1,7 ponto percentual, para 24,5%.
A Cyrela Brazil Realty chegou a setembro com um lucro trimestral 33,3% menor, em relação ao mesmo período do ano passado. Em reais, a cifra ficou em 176 milhões, com margem líquida de 15,1%, ou 4,4 pontos percentuais menor que a comparação. De qualquer modo, foi o suficiente para colocá-la como a terceira mais lucrativa do setor de construção das Américas, segundo o ranking da Economática, que calcula seu lucro em 103,904 milhões de dólares. De acordo com a empresa, os números foram prejudicados por uma base de comparação forte. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia contabilizou o ganho não-recorrente de 80,6 milhões de reais, referentes à venda da participação que detinha na Agra. Ainda assim, quando se desconsidera esse efeito, o lucro líquido apresenta uma queda de 4% sobre o ano passado.
A Gafisa, quarta empresa de construção mais lucrativa das Américas pelo ranking da Economática, fechou o trimestre com lucro líquido consolidado de 116,6 milhões de reais - o equivalente a 68,823 milhões de dólares. A cifra em reais representa uma alta de 83% sobre o mesmo período do ano passado. Além do crescimento de 9,1% da receita líquida, que totalizou 957,126 milhões de reais, a companhia também recebeu um impulso extra nas últimas linhas do balanço. O lucro antes de impostos foi 23% maior. Entre impostos e contribuição social, a empresa desembolsou 61% menos recursos neste trimestre. A empresa também gastou 40% menos em pagamentos para minoritários. Com isso, conseguiu reforçar a última linha do demonstrativo.
Com um aumento de 53,7%% sobre o terceiro trimestre do ano passado, a Rossi encerrou setembro com lucro líquido de 95 milhões de reais e margem líquida de 14,7%. Em dólares, a quantia correspondeu a 56,014 milhões de dólares, segundo a consultoria Economática - e isso a transformou na quinta empresa mais lucrativa das Américas, no setor de construção. A receita líquida da companhia cresceu 49,7% no período, para 644,390 milhões de reais. Como a receita bruta apresentou desempenho semelhante - alta de 46,6% -, o impulso no lucro foi puxado pela contenção de despesas. Isso fez com que o lucro operacional crescesse 53,8% - praticamente o mesmo que o lucro líquido.
A incorporadora e construtora Brookfield é outra brasileira que figura no topo das empresas mais lucrativas do setor na América Latina e Estados Unidos. A empresa registrou lucro líquido de 80,8 milhões de reais no terceiro trimestre - um incremento de 46,9% sobre o mesmo período do ano passado. Em dólares, a cifra correspondeu a 47,706 milhões, o que a colocou como a sexta maior do ranking da Economática.
A receita líquida atingiu 626,586 milhões de reais, com alta de 28,9% sobre a comparação. A Brookfield conseguiu conter um pouco os custos operacionais, o que elevou em 34,9% o lucro bruto. Com o lucro antes de impostos subindo 61%, o resultado só não foi melhor porque a empresa contabilizou 137% a mais de pagamentos de impostos e contribuições.
A receita líquida atingiu 626,586 milhões de reais, com alta de 28,9% sobre a comparação. A Brookfield conseguiu conter um pouco os custos operacionais, o que elevou em 34,9% o lucro bruto. Com o lucro antes de impostos subindo 61%, o resultado só não foi melhor porque a empresa contabilizou 137% a mais de pagamentos de impostos e contribuições.
Engrossando a lista das construtoras brasileiras no ranking da Economática, em sétimo lugar aparece a Even. O lucro líquido da empresa foi 51,3% maior que o do terceiro trimestre de 2009, e somou 78,061 milhões de reais - o equivalente a 46,395 milhões de dólares, segundo a Economática.
A companhia contou com um incremento de 58,5% na receita líquida, que totalizou 564,866 milhões de reais. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) aumentou 43%, para 121 milhões de reais.
A companhia contou com um incremento de 58,5% na receita líquida, que totalizou 564,866 milhões de reais. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) aumentou 43%, para 121 milhões de reais.
A Eztec, oitava mais lucrativa do setor de construção das Américas e a última brasileira a integrar o ranking, também registrou um recorde de ganhos no terceiro trimestre. A empresa lucrou 78,2 milhões de reais, com 54,2% de alta em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, superou o recorde anterior, de 56,4 milhões, obtidos no segundo trimestre. Já a margem líquida aumentou 9 pontos percentuais, de 34,6% para 43,6% entre os períodos comparados. De acordo com a Eztec, essa evolução é resultado da melhoria da margem bruta e da contenção de despesas.
A NVR é a única representante dos Estados Unidos no ranking das dez construtoras e incorporadoras mais lucrativas das Américas no terceiro trimestre. E, como sinal das dificuldades de sua terra-natal, a NVR viu seu lucro recuar 39% em relação ao mesmo período do ano passado, somando 43,944 milhões de dólares. O principal motivo foi a queda de 17% nas receitas, que totalizaram 676,2 milhões de dólares. O desempenho foi prejudicado pelo aumento da taxa de cancelamento de contratos, que subiu para 18% da carteira - ante 14% no terceiro trimestre de 2009.
A Grana Y Montero, um dos maiores grupos de construção civil do Peru, praticamente triplicou seu lucro no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia encerrou setembro com ganho líquido de 43,250 milhões de dólares. Segundo a empresa, o crescimento da economia local permitiu aumentar as receitas nas áreas de construção civil e infraestrutura. Além disso, o grupo também vendeu a subsidiária Fashion Center, que controla os shopping centers Lacomar, no Peru, e Parque Arauco, no Chile. Atuando em vários setores da construção, a Grana Y Montero é responsável, por exemplo, pela construção de um dos trechos da rodovia transoceânica que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico.
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