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Arcos Dorados, operadora do McDonald’s, anuncia novo CEO

A empresa faturou US$ 759 milhões no 2º tri e o Brasil corresponde a 46,2% do resultado


	Arcos Dorados: faturou US$ 759 milhões no 2º tri na América Latina e Caribe e o Brasil corresponde a 46,2% do resultado
 (Mike Blake/Files/Reuters)

Arcos Dorados: faturou US$ 759 milhões no 2º tri na América Latina e Caribe e o Brasil corresponde a 46,2% do resultado (Mike Blake/Files/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 15h38.

São Paulo - A Arcos Dorados, operadora dos restaurantes McDonald’s na América Latina, anunciou um faturamento de 759 milhões de dólares no segundo trimestre e um novo presidente

Sergio Alonso, 52, que era diretor de operações financeiras (COO), assumirá como CEO a partir de 1º de outubro, no lugar de Woods Staton.

Staton continuará como chairman executivo da companhia. Em comunicado, ele afirmou que “Sergio é uma parte do sistema McDonald’s há quase 30 anos e desenvolveu um histórico de conquista de melhorias operacionais e financeiras, que são o centro da nossa estratégia de longo prazo, de criar valor para os acionistas”.

Alonso havia assumido a posição de COO na Arcos Dorados em 2007. Naquele ano, a rede McDonald’s decidiu sair do Brasil, colocando à venda mais de 1.600 lojas. O argentino Woods Staton teve a coragem de comprar tudo e abriu o capital da Arcos Dorados em 2011, operando em 20 países.

Comprada por 700 milhões de dólares, chegou a valer 3,5 bilhões de dólares. Hoje, o número de restaurantes controlado pela operação é de 2.100, na América Latina e Caribe.

Resultado

Ainda que a base de restaurantes e as vendas tenham crescido, a companhia ainda luta para conseguir lucrar. Esse trimestre, reportou lucro líquido de 6,97 milhões de dólares, ante prejuízo de 99 milhões de dólares no mesmo período do ano passado.

Segundo Staton, a América Latina vive um contexto de "desaceleração do crescimento econômico na região, redução de gastos dos consumidores e forte desvalorização da moeda em nossos países-chave”.

Restrições a importações na Argentina, impossibilidade de demissões na Bolívia e altos impostos no México dificultam a trajetória da empresa no continente. Esse ano, ela enfrentou ainda falta de batatas fritas na Venezuela.

Ela faturou 759 milhões de dólares no segundo trimestre em todo o continente. O resultado representa uma queda de 17,3% em dólar se comparado ao resultado do mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de 917,9 milhões de dólares.

No entanto, em moeda constante, excluindo as variações das moedas locais dos 20 países em que atua e não considerando a Venezuela, o crescimento foi de 7,7%.

O Ebitda ajustado foi de 41,1 milhões de dólares, queda de 2,2% ao registrado no mesmo trimestre do ano passado, ou alta de 95,4% excluindo-se as variações das moedas locais.

A Arcos Dorados fechou o período até 30 de junho com 2.120 restaurantes, 2.549 dessert centers e 332 unidades de McCafé.

Brasil

O faturamento da divisão brasileira, chamada de Arcos Dourados, foi de 350,8 milhões de dólares no segundo trimestre de 2015, resultado 23,6% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, de 459,1 milhões de dólares. 

Excluindo-se as variações do real, o desempenho foi 5,3% maior em relação a 2014 - a depreciação da moeda brasileira no período foi de 37,7% frente ao dólar. O resultado brasileiro representou 46,2% do total da companhia.

O Ebitda ajustado do país foi de US$ 44,4 milhões, 19,5% menor que no mesmo trimestre do ano anterior (US$ 55,2 milhões), ou aumento de 11,1%, excluindo-se as variações do real. O Brasil encerrou o período com 871 restaurantes da marca.

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