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ArcelorMittal vê recuperação global na demanda por aço

Grupo siderúrgico prevê uma recuperação mais rápida que a esperada na demanda e nos preços de aço no início de 2011

A ArcelorMittal é o maior grupo siderúrgico do mundo, produzindo cerca de 7 por cento do aço mundial (DIVULGACAO)
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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 08h08.

Bruxelas - A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, prevê uma recuperação mais rápida que a esperada na demanda e nos preços de aço no início de 2011 após pressão de margem no quarto trimestre.

A companhia, que produz cerca de 7 por cento do aço mundial, informou nesta terça-feira que o lucro deve melhorar no primeiro trimestre para um nível acima do previsto pelo mercado, após um prejuízo líquido inesperado sofrido nos últimos três meses de 2010.

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O vice-presidente financeiro Aditya Mittal afirmou que a ArcelorMittal está registrando forte recuperação nos Estados Unidos, crescimento moderado na China e recomposição de estoques na Europa.

Mittal comentou que a companhia espera que 2011 seja um ano melhor que 2010 e, com isso, vai elevar o investimento em mais de 50 por cento este ano.

O executivo afirmou que o segundo trimestre terá performance mais forte que os três meses anteriores, quando os fornos da empresa irão operar a 76 por cento de sua capacidade. Nos últimos três meses 2010, a empresa operou a 69 por cento de sua capacidade.

"Há algum risco de que no segundo semestre de 2011 a força que estamos vendo na primeira metade não se repita, mas eu ainda espero que o ano seja melhor, no geral", disse Mittal.

A ArcelorMittal, cuja produção é mais que duas vezes maior que a de sua rival mais próxima, informou que espera lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de entre 2 bilhões e 2,5 bilhões de dólares no primeiro trimestre, após um tombo para 1,85 bilhão de dólares no último trimestre de 2010.

Analistas esperam, em média, Ebitda de 2,15 bilhões de dólares para o primeiro trimestre, segundo pesquisa da Reuters.

O mercado siderúrgico, que movimenta 500 bilhões de dólares, passou por um aperto de margens desde meados de 2010, quando custos de matérias-primas começaram a subir de maneira constante e os preços caíram em meio a uma desaceleração da atividade como um todo.

Desde meados de novembro, os custos com minério de ferro subiram cerca de 22 por cento, mas os preços do aço laminado a quente nos Estados Unidos estão 49 por cento mais altos, segundo a Platts.

Entretanto, o impacto completo dessa reviravolta somente deverá ser sentido a partir do segundo trimestre, uma vez que normalmente leva-se quatro meses para que mudanças de preços sejam transmitidas aos resultados da ArcelorMittal.

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