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Arapuã vai sair da concordata

Justiça autorizou rede de lojas a prosseguir com plano de reestruturação

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Depois de cinco anos de uma complicada briga jurídica, a rede de lojas paulista Arapuã poderá prosseguir com seu processo de reestruturação. A empresa, que pediu concordata em maio de 1998, vai transformar os cerca de 800 milhões de reais em dívidas com seus credores em debêntures de longo prazo. Os papéis serão garantidos pelo fluxo de caixa de uma subsidiária da Arapuã. "Com isso, poderemos normalizar a operação e romper as amarras da concordata", diz Fábio Marcondes, diretor financeiro da Arapuã.

A decisão representou uma derrota para a fabricante de eletrodomésticos Evadin, então uma das maiores credoras da Arapuã. A Evadin contestou várias vezes o processo de reestruturação na Justiça, chegando até a pedir -- e obter -- a falência da Arapuã, em agosto do ano passado. A falência durou apenas 24 horas e foi suspensa por uma liminar em favor da Arapuã. A decisão judicial desta quarta-feira julgou a questão e autorizou definitivamente a rede de lojas a prosseguir com seu plano de reestruturação, que ainda deverá demorar alguns meses, diz Marcondes. Antonio Martins, gerente-geral da Evadin, não foi encontrado para comentar o assunto.

A Arapuã emprega hoje 1.300 funcionários e gera 6.500 empregos indiretos. Atualmente ela conta com 88 lojas e registrou faturamento de R$ 300 milhões em 2002. A rede vem mudando a composição dos produtos que vende e aumentando a participação dos móveis em relação aos eletrodomésticos e eletro-eletrônicos, em busca de maior rentabilidade. Os móveis já representam 35% das vendas nos primeiros 5 meses deste ano. Os eletroeletrônicos respondem por 40% e celulares respondem pelos 25% restantes. O objetivo é que móveis venham a responder por 50% do negócio", diz Marcondes.

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