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Aquisições e fusões de tecnologia e mídia se multiplicam

Para executivo da McKinsey&Company, quantidade de aquisições e fusões entre empresas de tecnologia, mídia e telecom cresceu consideravelmente a partir de 2013


	Contrato: entre CEOs entrevistados, 50% disseram considerar operação de aquisição até 2015
 (Dreamstime.com/Acervo)

Contrato: entre CEOs entrevistados, 50% disseram considerar operação de aquisição até 2015 (Dreamstime.com/Acervo)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 17h28.

São Paulo - Em painel promovido na edição deste ano da ABTA 2014, o principal executivo de mídia e entretenimento da consultoria McKinsey&Company, Jacques Beguin, discutiu o cenário atual e as principais tendências globais do mercado por assinatura.

Representando a consultoria, Jacques apresentou uma série de dados que ajudam a entender para onde caminham os serviços de TV por assinatura.

Segundo o executivo, a quantidade de aquisições e fusões entre empresas de tecnologia, mídia e telecom cresceu consideravelmente a partir de 2013.

Em 2011, nos primeiros seis meses foram 22 operações e no ano todo foram 45.

No ano de 2012, houve 43 operações de compra e fusão, com 20 delas acontecendo nos primeiros seis meses do ano.

O último dado recolhido pela consultoria, contabilizando os seis primeiros meses de 2013, indica 36 operações. Ou seja, 80% a mais que no mesmo período do ano anterior.

Entre CEOs entrevistados pela consultoria, 50% disseram considerar uma operação de aquisição até 2015.

Quando o prazo aumenta para 2020, a taxa eleva-se para 56%.

No entanto, os dados apresentados pelo consultor mostram que mais de 50% dessas uniões não entregam o retorno esperado para os acionistas das empresas.

“É preciso avaliar muito bem as chances de sucesso financeiro e operacional nesse tipo de negócio”, disse Beguin.

O executivo também chamou a atenção para a capacidade do Netflix de utilizar a nuvem para prover serviços melhores por meio da recomendação e reduzir custos.

Segundo os dados, o custo do streaming está reduzindo 20% ao ano, até um ponto que será tão eficiente quanto o multi-cast, praticado hoje pelas operadoras de TV paga.

Conforme a infraestrutura de nuvem evolui, as recomendações tornam-se mais precisas. Hoje, ela tem uma capacidade de atrair o usuário 250% superior à tradicional por gêneros, de acordo com a consultoria.

Outra tendência, segundo o executivo, é a consolidação dos serviços multi-play. Segundo os dados da consultoria, esse tipo de oferta elevou em 25% as vendas de serviço IP e diminuiu em 25% a quantidade de casas sem serviços.

Por fim, o executivo destacou a crescente relevância dos canais online em plataformas ccomo YouTube.

Grupos como Machinimia, dedicado a games, e Studio Bagel demonstram capacidade de atrair milhões de assinantes aos seus canais.

Canais da categoria música, por exemplo, são os mais assinados no YouTube com 86,3 milhões de assinaturas, segui por games (78,6 milhões) e esportes (77 milhões).

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