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Aqui, não existe café grátis

Pressionados pelo custo, hotéis decidem cobrar café da manhã e diária separados

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h59.

Desde o início do ano, os clientes da rede Parthenon, do grupo Accor, maior administradora de hotéis do país, passaram a pagar 10 reais para tomar o café da manhã -- antes gratuito. A cobrança do café à parte alinhou a rede à regra mundial do grupo. Tradicional no Brasil, o café farto e gratuito passou a pesar na linha de custos dos hotéis. Nos últimos anos, eles não conseguiram ajustar seus preços por causa da baixa ocupação e da concorrência. De acordo com o Fórum de Operadores Hoteleiros, uma associação de 17 redes, a diária média cobrada nos quatro-estrelas de São Paulo foi de 106 reais em 2004. "É quase o mesmo que se paga para ir de táxi do aeroporto de Guarulhos aos Jardins", diz Roland de Bonadona, presidente do Fórum e diretor-geral do Accor. A tarifa, segundo ele, deveria ser de 180 reais. A cobrança à parte de serviços como café, estacionamento e banda larga é uma tentativa de cobrir a diferença. "É mais justo cobrar por serviço do que aumentar o preço para todos", diz Bonadona.

Embora esse movimento pareça inevitável, ainda há quem aposte na direção contrária. A Atlantica, dona de bandeiras como Carlson e Choice, resolveu enfatizar em anúncios o fato de que, em seus 50 hotéis, o cliente continua a tomar café de graça. "É uma conveniência que o brasileiro gosta de ter e que nos ajuda a atrair clientes", diz Annie Morrissey, vice-presidente de marketing da Atlantica.
 

7% é o peso do café da manhã nos custos de um hotel

 

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