Aprovada operação entre Autometal e Mahindra Systech
Trata-se de operação de aquisição de participação, no setor de componentes automotivos produzidos por forjamento
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2013 às 09h53.
Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 12h45.
Brasília - A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou, sem restrições, o ato de concentração envolvendo a Autometal S.A. e a Sociedades Mahindra Systech, segundo publicação desta terça-feira, 10, no Diário Oficial da União (DOU). Trata-se de operação de aquisição de participação, no setor de componentes automotivos produzidos por forjamento.
Segundo descrição do ato de concentração, a operação consiste em diversas etapas para a combinação do negócio de forjamento do Grupo CIE Automotive na Europa com os negócios de fundição, forjamento, compósitos, engrenagens, produtos magnéticos e de estampagem de diversas Sociedades Mahindra Systech. O objetivo é "expandir e melhorar esses negócios, combinando os recursos existentes e ativos das mencionadas Sociedades Mahindra Systech (tais como recursos humanos, fábricas, rede de vendas, etc.) com a capacidade tecnológica do Grupo CIE Automotive".
De acordo com informações do processo, após a conclusão do ato de concentração, a nova entidade resultante da fusão será detida pelo Grupo CIE Automotive em cerca de 51%, por meio de uma de suas subsidiárias, Participaciones Internacionales Autometal. A Mahindra & Mahindra Limited (M&M) terá participação de aproximadamente 20% na nova companhia, enquanto a Mahindra Overseas Investment Company Limited, subsidiária da M&M, adquirirá 13,5% da empresa mãe do Grupo CIE Automotive, ou seja, da CIE Automotive S.A.
O Grupo CIE Automotive atua no setor de fabricação e comercialização de componentes automotivos e atua no Brasil apenas por meio da Autometal S.A e suas controladas. A M&M é uma companhia listada na Bolsa de Valores de Mumbai e da Índia e está envolvida, entre outros, no setor de agronegócio e negócios automotivos.
A avaliação do Cade foi de que, no Brasil, a operação envolve uma concentração horizontal em componentes automotivos produzidos por tecnologia de forjamento. "No entanto, ela não levanta preocupações concorrenciais, uma vez que o aumento de participação de mercado, caso exista, emerge das importações insignificantes das Sociedades Mahindra Systech no Brasil, e a participação final da entidade resultante no mercado de autopeças forjadas no Brasil seria mínima", destaca o documento da superintendência geral do Cade.