Apple descobriu irregularidades em fábrica do iPhone X na China
Os alunos trabalhavam voluntariamente por mais de 11 horas por dia na fábrica como parte de um programa de estágio escolar em fábrica da Foxconn
Reuters
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 19h44.
Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 20h09.
Pequim - A Apple e seu maior parceiro de fabricação disseram nesta quarta-feira que um pequeno número de estudantes foram descobertos fazendo horas extras em sua fábrica chinesa, violando as leis trabalhistas locais.
Os alunos trabalhavam voluntariamente por mais de 11 horas por dia na fábrica como parte de um programa de estágio escolar em uma fábrica administrada pela Hon Hai Precision, também conhecida como Foxconn, confirmou a empresa.
"Nós descobrimos estagiários fazendo horas extras em uma fábrica de fornecedores na China. Confirmamos que os estudantes trabalharam voluntariamente, foram compensados e receberam benefícios, mas eles não deveriam ter permissão para trabalhar horas extras", afirmou a Apple em comunicado.
A norte-americana e a Foxconn foram acusadas de práticas trabalhistas precárias no passado, mas a Apple tem tentado controlar essas questões, lançando revisões anuais da cadeia de suprimento do iPhone.
As violações anunciadas nesta semana ocorrem quando a empresa está se esforçando para atender a demanda pelo novo iPhone X, que começou a entregar neste mês.
Uma notícia anterior do Financial Times citou seis estudantes que trabalharam horas extras na fábrica dizendo que o programa era necessário para que se formassem. Segundo o jornal, os alunos, entre 17 e 19 anos, foram forçados pela escola a participar do estágio.