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Após pressão dos EUA, chineses abrem mão de controle do Grindr

Kunlun concordou em vender sua participação de 98,59% no Grindr para a San Vicente Acquisition, por 608,5 mi de dólares

Grindr: Estados Unidos têm monitorado cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos (Leon Neal//Getty Images)

Grindr: Estados Unidos têm monitorado cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos (Leon Neal//Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de março de 2020 às 13h54.

Última atualização em 6 de março de 2020 às 13h58.

São Paulo — A empresa chinesa Beijing Kunlun Tech anunciou nesta sexta-feira a venda do Grindr, popular aplicativo de relacionamento gay, por cerca de 608,5 milhões de dólares.

A transação ocorre após um painel do governo dos EUA estabelecer junho de 2020 como prazo para venda do aplicativo. O painel, denominado Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), não divulgou suas preocupações sobre a propriedade da Grindr pela Kunlun.

No entanto, os Estados Unidos têm monitorado cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos sobre a segurança dos dados pessoais que eles manipulam, especialmente se alguns deles envolvem militares ou pessoal de inteligência dos EUA.

A Kunlun disse que concordou em vender sua participação de 98,59% no Grindr para a San Vicente Acquisition.

O controle da Kunlun sobre o Grindr alimentou preocupações entre defensores da privacidade nos EUA. Os senadores democratas Edward Markey e Richard Blumenthal enviaram uma carta ao Grindr em 2018 exigindo respostas sobre como o aplicativo protegia a privacidade dos usuários.

A Reuters informou no ano passado que a Kunlun havia dado a alguns engenheiros de Pequim acesso a informações pessoais de milhões de norte-americanos, incluindo mensagens privadas e status de HIV.

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