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Após expulsar Repsol, YPF se alia à Chevron

O acordo se destina à exploração da jazida de gás de xisto de Vaca Muerta, região reivindicada por comunidades indígenas e organizações sociais

Repsol YPF: o acordo YPF-Chevron implica em uma guinada no discurso nacionalista da presidente Cristina, que há pouco mais de um ano expulsou a Repsol da YPF (Cristina Arias/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2013 às 08h59.

Buenos Aires - A Assembleia Legislativa da Província de Neuquén aprovou, na noite de quarta-feira, 28, as condições para o acordo do governo da presidente Cristina Kirchner com a multinacional americana Chevron para a exploração da jazida de gás de xisto de Vaca Muerta.

Com o acordo, a estatal argentina e a empresa americana tornam-se sócias na exploração de uma área ambiental que comunidades indígenas, organizações sociais e partidos de esquerda querem preservar nessa província.

A polícia de Neuquén, província governada por aliados de Cristina, reprimiu com violência os protestos contra o acordo sobre Vaca Muerta, considerada uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do planeta.

O acordo YPF-Chevron implica em uma guinada no discurso nacionalista da presidente Cristina, que há pouco mais de um ano expulsou a Repsol da YPF, expropriando a maior parte das ações que a empresa espanhola tinha da petrolífera argentina. Cristina alegou na época que a medida visava recuperar a “soberania energética” do país.

Na sequência, o governo tentou seduzir empresas estatais da região a investir em parceria com a YPF, entre elas a Petrobrás. No entanto, Cristina fracassou nessa empreitada e procurou parceiros fora da América do Sul. A alternativa encontrada foi a Chevron.

Na última quarta-feira, após a votação que aprovou o acordo, os representantes da oposição deixaram no plenário da Assembleia Legislativa de Neuquén, em sinal de sarcasmo, uma bandeira dos EUA.

O acordo determina que a Chevron invista US$ 1,24 bilhão para explorar a área de Vaca Muerta. Na contramão da expropriação da YPF, anunciada com estardalhaço em rede nacional, as negociações com a Chevron foram feitas discretamente, sem anúncios presidenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Com o acordo, a estatal argentina e a empresa americana tornam-se sócias na exploração de uma área ambiental que comunidades indígenas, organizações sociais e partidos de esquerda querem preservar nessa província.

A polícia de Neuquén, província governada por aliados de Cristina, reprimiu com violência os protestos contra o acordo sobre Vaca Muerta, considerada uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do planeta.

O acordo YPF-Chevron implica em uma guinada no discurso nacionalista da presidente Cristina, que há pouco mais de um ano expulsou a Repsol da YPF, expropriando a maior parte das ações que a empresa espanhola tinha da petrolífera argentina. Cristina alegou na época que a medida visava recuperar a “soberania energética” do país.

Na sequência, o governo tentou seduzir empresas estatais da região a investir em parceria com a YPF, entre elas a Petrobrás. No entanto, Cristina fracassou nessa empreitada e procurou parceiros fora da América do Sul. A alternativa encontrada foi a Chevron.

Na última quarta-feira, após a votação que aprovou o acordo, os representantes da oposição deixaram no plenário da Assembleia Legislativa de Neuquén, em sinal de sarcasmo, uma bandeira dos EUA.

O acordo determina que a Chevron invista US$ 1,24 bilhão para explorar a área de Vaca Muerta. Na contramão da expropriação da YPF, anunciada com estardalhaço em rede nacional, as negociações com a Chevron foram feitas discretamente, sem anúncios presidenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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