Negócios

Após Cade, Brasil Foods inicia unificação das marcas Perdigão e Sadia

Companhia mantém sinergias previstas no início da fusão, de cerca de R$ 500 milhões por ano

Fábrica da Sadia: unificação das fábricas está nos planos da Brasil Foods (Joel Rocha/EXAME.com)

Fábrica da Sadia: unificação das fábricas está nos planos da Brasil Foods (Joel Rocha/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 13 de julho de 2011 às 20h06.

 São Paulo – Após a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão entre Perdigão e Sadia, a Brasil Foods começa a partir de hoje uma nova etapa no processo: a unificação da operação das duas marcas. “Vencemos uma etapa, agora vamos começar outra”, afirmou José Antônio Fay, nesta quarta-feira (13/7), em coletiva com a imprensa.

Segundo ele, as sinergias previstas no início da fusão estão mantidas, mesmo depois do Cade impor uma série de restrições na operação. “Juntas, Perdigão e Sadia vão gerar cerca de 500 milhões de reais de sinergia para a BRF. Nada muda”, afirmou o executivo.

Neste primeiro momento, a companhia vai unificar as operações comerciais e as fábricas. “A unificação toda tem mais de 220 projetos para serem colocados em prática”, disse Fay. “Vamos acelerar o passo”.

Dentre as imposições do órgão antitruste, estão a alienação de alguns ativos, como as marcas Rezende, Texa, Tekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Ellegant, Fiesta, Doriana e Delicata, a venda de unidades produtivas e a suspensão por até 5 anos de algumas categorias das marcas Perdigão e Batavo.

Somente a partir de 2012, no entanto, a BRF começará a colocar em prática as medidas impostas pelo Cade. “Estamos satisfeitos com a decisão do Cade, mas neste ano nada muda na operação da companhia”, disse Fay. Sobre possíveis compradores dos ativos que a companhia colocará à venda.

Ele limitou-se a dizer apenas que vende para quem pagar mais. “Pode ser uma empresa estrangeira ou nacional, não importa. Queremos vender bem nossos ativos”, afirmou.

Segundo avaliação da BRF, as restrições do Cade representam 13% do faturamento total da companhia no ano de 2010, o que significa cerca de 3 bilhões de reais. Para Fay, não se trata de uma perda. Ele garante que a companhia deve estar muito maior em 2012 na comparação com este ano.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoAlimentos processadosBRFCadeCarnes e derivadosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesNegociaçõesSadiaTrigo

Mais de Negócios

Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Após anúncio de parceria com Aliexpress, Magalu quer trazer mais produtos dos Estados Unidos

De entregadores a donos de fábrica: irmãos faturam R$ 3 milhões com pão de queijo mineiro

Como um adolescente de 17 anos transformou um empréstimo de US$ 1 mil em uma franquia bilionária

Mais na Exame