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Após aporte de Sam Zell, GuardeAqui aposta no interior

O investidor deu palpites sobre o plano de expansão da empresa, que consumirá um investimento de até R$ 1 bilhão em cinco anos

Sam Zell, megainvestidor americano: Equity pagou US$ 58 milhões por 70% do GuardeAqui, fundada em 2006 pelo cubano Mario Fernandez (GettyImages)
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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 09h39.

São Paulo - O bilionário americano Sam Zell reservou o horário do almoço na terça-feira passada para se inteirar sobre um de seus investimentos no Brasil. Em sua breve passagem pelo País, almoçou com o executivo Allan Paiotti, presidente do GuardeAqui, uma empresa de locação de espaços para armazenagem de produtos ou pertences comprada pela Equity International, o fundo de Sam Zell, em fevereiro de 2011. O investidor deu palpites sobre o plano de expansão da empresa, que consumirá um investimento de até R$ 1 bilhão em cinco anos.

A Equity pagou US$ 58 milhões por 70% do GuardeAqui, fundada em 2006 pelo cubano Mario Fernandez. Foi a primeira vez que o fundo comprou o controle de uma companhia brasileira - ele já investiu em gigantes do setor imobiliário como Gafisa e BR Malls, mas sempre em participações minoritárias. O que todos se perguntaram quando Sam Zell comprou o GuardeAqui era, afinal, por que ele investiu em uma empresa tão pequena. O GuardeAqui tem apenas três unidades. Mesmo assim, é líder no setor

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A sede do GuardeAqui está repleta de mapas - do Brasil, de São Paulo, de Uberlândia, Belo Horizonte, Rio, entre outros. Só o de São Paulo tem 22 “post-its” colados em cima de áreas que estão sendo negociadas pela empresa para construir novos armazéns. “Nem tudo vai fechar. Mas tranquilamente poderíamos ter dez unidades a mais só em São Paulo”, disse Paiotti.

A GuardeAqui tem seis executivos percorrendo 30 cidades brasileiras para estudar o mercado. O plano é abrir 50 unidades até 2017 - cada uma exigirá investimentos entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. A visão de Sam Zell é de que as maiores oportunidades estão fora do eixo Rio-São Paulo, conta Paiotti. Nas duas maiores cidades brasileiras, os “depósitos” enfrentam uma concorrência acirrada por terrenos com incorporadoras e centros logísticos.

A aquisição do GuardeAqui por Sam Zell colocou os holofotes em um setor praticamente desconhecido no País, chamado de self storage. Os complexos são formados por boxes de diversos tamanhos usados para fins que vão de depósito de móveis para famílias, estoque de importadoras a centro operacional de empresas de instalação de TV a cabo.

No País, há apenas 50 unidades do tipo, segundo estimativas da recém-criada Associação Paulista de Self Storage (Aspass), e 70% delas estão na capital paulista. Para o presidente da entidade, Flavio Soldato, o Brasil poder ter 500 unidades em 25 anos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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