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Apresentado por GIROSS

Com aporte próprio de R$ 12 mil, baiano cria app de entregas last mile avaliado em R$ 100 milhões

Em 2024, startup fundada por Filipe Martins pretende começar a operar em Portugal, atingir a marca de 120 mil entregadores cadastrados e faturar R$ 45 milhões

Filipe Martins, fundador da Giross: startup pretende aumentar o faturamento de R$ 17 milhões, em 2023, para R$ 45 milhões em 2024 (GIROSS/Divulgação)

Filipe Martins, fundador da Giross: startup pretende aumentar o faturamento de R$ 17 milhões, em 2023, para R$ 45 milhões em 2024 (GIROSS/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 29 de dezembro de 2023 às 17h30.

Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 13h16.

O que a RaiaDrogasil, a Pague Menos, a Domino's, a Arezzo, a Petz e a Schutz têm em comum? Todas essas empresas fazem uso do aplicativo de delivery da Giross, startup brasileira que atingiu R$ 100 milhões de valuation sem investimentos de terceiros. Fundada pelo baiano Filipe Martins, de 28 anos, a companhia marca presença em 320 cidades no Brasil e tem mais de 62 mil entregadores cadastrados. Ela faturou R$ 17 milhões em 2023 e pretende chegar a R$ 45 milhões em 2024.

Bootstrapping

Nada mau para uma companhia que lançou a primeira versão de seu aplicativo em 2018 com investimento próprio de R$ 12 mil. O rápido sucesso se explica, em boa parte, pela capilaridade da Giross.

“Atendemos muitas cidades nas quais as grandes empresas de entrega não atuam”, observa Martins. “Isso levou a um crescimento rápido, além da qualidade do nosso atendimento e da transparência de dados. Disponibilizamos todas as informações necessárias para nossos clientes, como o tempo de entrega, e ajudamos na solução de problemas.”

De janeiro de 2023 até aqui, a Giross pulou de 250 cidades atendidas para 320; de 60 mil corridas por mês para mais de 170 mil. O faturamento mensal passou de R$ 600 mil, em média, para cerca de R$ 1,7 milhão. O faturamento de 2023 foi mais de três vezes maior do que o registrado no ano anterior. Tudo isso sem empréstimos de banco ou aportes de investidores-anjo ou de fundos de investimento. É o que o mercado chama de bootstrapping. Atualmente, a startup de Martins é uma das três companhias do ramo com maior abrangência no Brasil, competindo com Uber, Loggi e Lalamove.

O que faz a Giross

“A Giross resolve problemas de logística last mile (entregas de produtos ao consumidor final)”, explica o fundador. “Atendemos empresas e pessoas físicas que precisam fazer entregas, urgentes ou não, e que solicitam os serviços de entregadores capacitados, seguros, e sem antecedentes criminais”.

O app da startup está disponível tanto em dias não úteis quanto úteis e todos os produtos transportados são protegidos por seguro.

A empresa também faz uso de inteligência artificial (IA) para atrair os melhores entregadores disponíveis e diminuir os riscos de sinistros. E, de quebra, oferece taxas competitivas e diversos diferenciais como adiantamento do repasse para os entregadores. Para facilitar a vida das empresas parceiras da Linx, a Giross firmou uma parceria exclusiva com a desenvolvedora de softwares.

Como tudo começou

Nascido em Brumado, no sudoeste da Bahia, Martins teve a ideia da startup em 2016. Na época, ele estudava Engenharia de Produção em Vitória da Conquista, no mesmo estado. Para ir de um lado para o outro, ela recorria a uma moto, como inúmeros moradores de sua cidade natal. Como naquela época os aplicativos de transporte eram pouco conhecidos no Brasil, Martins resolveu desenvolver o dele. Inicialmente, a Giross se limitava ao transporte de passageiros. Em 2019, também passou a atender companhias interessadas em delivery.

A pandemia, como é de imaginar, fez com que a procura dos passageiros despencasse. O jeito, então, foi “pivotar” a startup, que passou a concentrar esforços no delivery — hoje em dia, é o principal filão da companhia.

Não demorou para que a Giross caísse nas graças das farmácias e de outros empreendimentos do tipo, então em dificuldades para acessar a clientela. Com o sucesso da startup, Martins desistiu da ideia de assumir a empresa do pai — foi pensando nisso que ele se matriculou em Engenharia de Produção.

Transporte de medicamentos

O aplicativo da Giross foi o primeiro a obter aval da Anvisa para o transporte de medicamentos. E a startup foi a primeira do país a receber um certificado do Programa de Qualificação para Exportação da ApexBrasil. Trata-se de um reconhecimento para marcas tidas como altamente qualificadas para ingressar no mercado internacional.

A Giross, por sinal, pretende começar a operar em Portugal em maio de 2024. “Temos planos de começar por lá atendendo empresas do ramo farmacêutico”, adianta Martins. Outras metas previstas para o ano que se inicia: atingir a marca de 120 mil entregadores cadastrados, chegar a 350 cidades e a 500 mil corridas por mês. “E ainda pretendemos aumentar a taxa de eficiência de entrega de 93% para 98%”, completa o fundador.

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