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Apesar dos hackers, Sony diz que recuperou custos de filme

“A Entrevista”, comédia que a Sony tirou temporariamente de cartaz, está indo bem o suficiente para recuperar os milhões de dólares gastos no filme, diz fonte


	Pôster do filme "A Entrevista": mais de US$ 36 milhões em vendas foram feitas on-line até 6 de janeiro
 (Kevork Djansezian/Files/Reuters)

Pôster do filme "A Entrevista": mais de US$ 36 milhões em vendas foram feitas on-line até 6 de janeiro (Kevork Djansezian/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 20h53.

Los Angeles - “A Entrevista”, a comédia que a Sony Pictures tirou temporariamente de cartaz, está indo bem o suficiente em vendas e aluguel on-line a ponto de recuperar os milhões de dólares gastos no filme, afirmou uma pessoa próxima ao estúdio.

Mais de US$ 36 milhões em vendas foram feitas on-line até 6 de janeiro. O estúdio, parte da Sony Corp. com sede em Tóquio, fica com entre 70 por cento e 80 por cento dessas vendas, comentou a fonte, que pediu para não ser identificada discutindo dados financeiros privados.

O filme "A Entrevista” também está sendo lançado em cinemas internacionalmente.

Existem planos para um DVD e streaming através de assinatura, afirmou o CEO Michael Lynton em uma entrevista. O lançamento on-line não é um modelo para o futuro, disse ele, rotulando a situação como “uma exceção”.

Fãs que foram aos poucos cinemas que aceitaram passar o filme reafirmaram a confiança de Lynton no atual modelo, onde um filme estreia nas telonas e depois sai em DVD.

“Os cinemas que passaram o filme estavam lotados apesar de que as pessoas podiam ver em casa”, falou Lynton. “É uma comédia e as pessoas queriam assistir juntas”.

Depois que a Sony concluiu que “A Entrevista” não teria uma estreia completa, o estúdio de Culver City, na Califórnia, cortou os gastos em marketing, de acordo com a fonte. Isso reduziu o custo total para US$ 60 milhões, disse a fonte.

Primeira Emenda

A Sony cobrou um preço baixo, US$ 5,99, para o pay-per-view e US$ 14,99 para compra.

“Tornou-se uma questão de Primeira Emenda”, disse ele. “Não pareceu apropriado exagerar no preço para o público norte-americano”.

Analistas estimam que a Sony gastou US$ 80 milhões na realização e no marketing de “A Entrevista”, uma comédia de Seth Rogen sobre um plano fictício para matar o líder norte-coreano Kim Jong Un. Isso incluiu US$ 44 milhões em custos de produção, de acordo com e-mails liberados por hackers que atacaram os computadores da empresa.

O estúdio lançou “A Entrevista” em 331 cinemas no Dia de Natal e expandiu para mais de 580 cinemas no dia 2 de janeiro. As maiores redes tiraram o filme da programação depois das ameaças de violência por parte dos hackers.

A Sony Pictures fez uma aliança pouco convencional de sócios, incluindo o Google Inc. e a Microsoft Corp. O Google foi a primeira empresa a oferecer o filme – para compra e aluguel através de sua Play store e do YouTube no dia 24 de dezembro.

“O Google foi a única empresa que se sentiu segura o suficiente para fazer isso”, disse Lynton. “Todo mundo estava com medo de ser hackeado”.

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