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Ânima aumenta valor pago por aluno e ganha margem em plena pandemia

Dias após fechar compra da Laureate do Brasil, empresa reporta receita de R$ 351 milhões no trimestre, e ganho de 10,3% no ticket médio no ano

Sala de aula da Universidade São Judas, que é da Ânima (Divulgação/Divulgação)

Sala de aula da Universidade São Judas, que é da Ânima (Divulgação/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 15h21.

A empresa de educação superior Ânima está em boa fase. Dias após fechar acordo para a compra da Laureate do Brasil, a empresa divulgou resultados do terceiro trimestre de 2020 nesta segunda-feira, mostrando aumento na margem, no ticket médio por estudante e no número de alunos matriculados, mesmo em um período complexo para o setor, que sofre com a evasão e a inadimplência por conta da pandemia do novo coronavírus.

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“O momento de pandemia é um desafio, mas nos mostra que nossa proposta trouxe resultados importante.  E com a aquisição da Laureate, vamos formar a maior rede de educação de qualidade ndo país”, afirmou Marcelo Battistella Bueno, presidente da empresa, em conferência com analistas. Para ele, o principal fator de sucesso é o foco da rede em qualidade, levando o aluno a ver sentido em pagar mais caro pelos cursos da companhia.

A Ânima teve receita de 351 milhões de reais no trimestre, aumento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a receita ficou em 293,6 milhões de reais. O lucro do período foi de 1,8 milhão de reais, ante prejuízo de 2,5 milhões de reais no mesmo trimestre de 2019.

Os executivos deram destaque especial para os ganhos de margem. A margem operacional da parte de ensino da Ânima chegou a 40,5% da receita líquida nos nove primeiros meses de 2020, alta de 2,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano anterior. Se não consideradas as aquisições recentes, a diferença chega a 4,1 pontos percentuais.

Ticket médio

Parte desse ganho veio do aumento do ticket médio por aluno, que cresceu 10,3% no acumulado dos nove meses de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. O crescimento ocorre mesmo se não consideradas aquisições recentes – fica em 6,3%. Com isso, o ticket médio da empresa agora passa dos 930 reais, considerando as aquisições, influenciado pela estratégia de precificação e por um melhor mix de cursos.

“Mesmo em um ambiente atípico da pandemia, seguimos com a melhoria do ticket médio, o que gera um círuclo virtuoso e reforça nosso posicionamento de foco na qualidade”, afirmou o diretor financeiro André Tavares Andrade.

Outro ponto de destaque foi o aumento no número de alunos, que chegou a 113 .846 estudantes, alta de 6,8% no trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O indicador tem participação fundamental das aquisições recentes feitas pelo grupo. Sem elas, o número de alunos teria queda de 1,1%. “Nesse momento de pandemia, crescer a base de alunos não é algo trivial, ainda mais junto com aumento do ticket médio. Estamos bem satisfeitos”, afirmou Marina Oehling Gelman, diretora de relações com investidores.

A Ânima destaca também o crescimento nos cursos de medicina, um dos principais focos de crescimento da companhia, justamente por terem maior ticket médio. O segmento teve receita de 125,4 milhões de reais no trimestre, com ticket médio de 7.287 reais por mês. Hoje a Ânima tem 2.447 alunos de medicina, número que pode chegar a 8820 estudantes no período de maturidade das vagas, e se consideradas as vagas aguardando aprovação.

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