Oi: a Oi pediu proteção da Justiça contra credores em 20 de junho, sob peso de 65,4 bilhões de reais em dívidas (Exame)
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2016 às 21h29.
São Paulo - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, afirmou nesta segunda-feira que não é meta do governo intervir na Oi, mas que precisa estar preparado para fazer isso se a empresa não conseguir resolver a situação de dívida durante a recuperação judicial.
Quadros afirmou à Reuters durante evento do setor que a Anatel vai deixar o processo de recuperação judicial da empresa transcorrer seu curso antes de tomar alguma decisão. A Oi pediu proteção da Justiça contra credores em 20 de junho, sob peso de 65,4 bilhões de reais em dívidas.
"O governo quer uma solução de mercado", disse Quadros, acrescentando que a Oi tem 6 meses para completar sua reorganização sob a legislação de recuperação judicial.
Se a Anatel decidir intervir na Oi, vai ser a segunda vez que a agência toma tal medida, disse Quadros. Em 2000, a Anatel assumiu a operadora Companhia Riograndense de Telecomunicações por seis meses para resolver uma disputa de acionistas.
Durante esse período, a controladora da CRT, a Telefónica, e a acionista minoritária Brasil Telecom, hoje parte da Oi, foram impedidas de administrar a operadora gaúcha. A intervenção acabou quando os acionistas resolveram uma disputa financeira.
Texto atualizado às 21h28