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América Móvil decide não seguir adiante com oferta por KPN

Empresa de Carlos Slim disse que não dará andamento ao plano de aumentar sua fatia holandesa, depois que fundação bloqueou sua oferta


	KPN: América Móvil acumulou aproximadamente 30 por cento das ações da holandesa
 (Bloomberg)

KPN: América Móvil acumulou aproximadamente 30 por cento das ações da holandesa (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2013 às 17h03.

Cidade do México - A América Móvil, empresa de telefonia controlada pelo bilionário mexicano Carlos Slim, disse que não dará andamento ao plano de aumentar sua fatia na KPN, depois que a fundação da companhia de telecomunicação holandesa bloqueou sua oferta.

O anúncio feito nesta quarta-feira foi um balde de água fria nos planos de uma das maiores empresas da América Latina, que fez sua primeira incursão fora da região com a aquisição de fatias da KPN e da Telekom Austria no ano passado.

A América Móvil acumulou aproximadamente 30 por cento das ações da KPN e ainda não está claro o que vai ocorrer com essa participação. A empresa recusou-se a comentar, e a fundação da KPN não estava disponível para comentar o assunto.

Investidores aparentemente receberam bem a decisão, já que evita um gasto de ao menos 7,2 bilhões de euros (9,52 bilhões de dólares), e as ações da América Móvil subiram mais de 6 por cento imediatamente após o anúncio, antes de fecharem em alta de 3,46 por cento.

A América Móvil, que nunca havia feito uma oferta hostil anteriormente, foi surpreendida pela decisão da fundação da KPN em agosto. O genro de Slim e principal porta-voz da empresa mexicana, Arturo Elias, disse na ocasião que a companhia holandesa tinha mostrado "total falta de respeito".

A empresa mexicana, em um longo comunicado publicado em setembro, disse que estava negociando com a administração da KPN e defendeu sua oferta, dizendo que planejava investir pesadamente na KPN se tomasse seu controle.

"O exercício da opção de compra pela fundação obstrui a conclusão (do acordo), já que ocorre em detrimento dos acionistas da KPN que querem participar do acordo", disse a América Móvil em comunicado nesta quarta-feira.

"Acredito que eles perderam a paciência", disse Andres Audiffred, analista da Ve Por Mas, sobre a América Móvil.

As ações da América Móvil têm estado sob pressão este ano, com os investidores questionando o valor da incursão de Slim na Europa, que marca um importante passo para a companhia familiar latino-Américana.

Este ano, os papéis da empresa caíram 7 por cento, apesar de uma série de ofertas de compra promovidas pela companhia.

Antes do bloqueio da oferta pela fundação, a América Móvil disse que planejava proceder com sua oferta em setembro. A América Móvil disse que poderia ajudar a empresa holandesa com importantes investimentos em infraestrutura.

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