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América Móvil cortará participação para abaixo de 50%

Conselho aprovou a venda de ativos do grupo para reduzir a participação da empresa no mercado de telecomunicações do México


	Consumidores olham celulares à venda em uma loja da Telcel, da América Móvil
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Consumidores olham celulares à venda em uma loja da Telcel, da América Móvil (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 20h47.

Cidade do México - A América Móvil afirmou nesta terça-feira que seu conselho aprovou a venda de ativos do grupo para reduzir a participação da empresa no mercado de telecomunicações do México para abaixo de 50 por cento.

A decisão foi tomada para evitar novas regras que restrinjam a dominância da empresa sobre o setor.

A América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, tem operações em telefonia móvel, Internet e telefonia fixa. No Brasil, a empresa opera sob a marca Claro.

O conselho da empresa decidiu vender certos ativos para uma nova companhia independente da América Móvil, mas não especificou quais ativos.

As companhias de Slim estão sendo forçadas a cortar custos que cobram de outras empresas para completar chamadas em sua rede e a compartilhar infraestrutura depois que um novo regulador do mercado mexicano declarou a empresa dominante nos setores de telefonia fixa e móvel.

O presidente do México, Enrique Peña Neto, apoiou uma reforma no setor de telecomunicações do país via Congresso no ano passado, que foi projetada para conter o domínio do grupo de Slim, bem como da emissora de televisão Televisa.

Qualquer desinvestimento será feito desde que as unidades de telefonia fixa e móvel da América Móvil não sejam mais declaradas como dominantes, afirmou a empresa. O grupo também afirmou que espera poder ter permissão para oferecer todos os tipos de serviços de telecomunicações, incluindo TV paga.

As empresas de Slim não têm permissão para oferta de serviços de TV diante da dominância delas em outros mercados.

Separadamente, a empresa afirmou que venderá torres de telefonia celular e outras infraestruturas.

O anúncio da América Móvil ocorreu depois que a Câmara dos Deputados do México aprovou legislação necessária para reforçar os poderes do novo regulador do mercado.

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